A Copa Libertadores é uma competição muito complexa pelas distâncias e geografias do continente, e também tem uma previsão incerta, devido às mudanças a que as equipes estão sujeitas. O exemplo mais claro é que na edição atual, os jogos serão suspensos para concentrar todas as metas de cada nação na luta pela Copa do Mundo, e alguns jogadores já não vão retornar às suas equipes atuais depois de participar com as suas seleções na Rússia.

Fonte: Conmebol Libertadores via Facebook

Além disso, como têm relatado a ESPN, as equipes da liga mexicana optaram por não participar do torneio pela segunda vez, porque os calendários do torneio local e da Copa Libertadores interpõem-se entre si, e além disso, eles preferem concentrar seus esforços na Copa do Mundo. Condições como as mencionadas anteriormente contribuem para a complexidade do torneio, que não repete o campeão desde as edições de 2000/01, onde o Boca Juniors ergueu a copa da mão de Carlos Bianchi.

No caso do futebol brasileiro, sete representantes na edição atual já foram coroados na Libertadores, e a única equipe que parece estar faltando é São Paulo, que foram bicampeões na década dos noventa do lado do grande Telê Santana.

Por parte dos argentinos, o Independente volta a disputar a Libertadores como a equipe que mais vezes ganhou, com sete Copas em sua conta. Além deles, o Boca Juniors retorna após um ano de ausência do torneio e com dez anos sem vencer a Libertadores.

Em um torneio tão difícil e cheio de jogadores de exportação, não é fácil falar de favoritos, uma vez que nas condições atuais, os sites de apostas concentram seus favoritos em equipes brasileiras e argentinas, cujos países têm as melhores chances de todo o continente americano para vencer a Copa do Mundo na Bumbet, com 18,2% para o Brasil e 9,1% para a Argentina, deixando todas as outras equipes do continente, como meros participantes em ambos os torneios.

Palmeiras
Após a fase de grupos, Palmeiras é a equipe que mais teve o passo mais forte e consistente, em busca de conquistar o cobiçado título que não conseguiu obter desde 1999, sob as mãos de Scolari.

Devido a isso, O Verdão é dos grandes favoritos para vencer o torneio, além de ser o atual vice-campeão brasileiro e de não ter nenhum rival aparente na atual edição do Paulista.

Como extra, as contratações de Lucas Lima e Deyverson deram um novo ânimo ao time, além de Miguel Borja ter retornado para marcar tantos gols quanto em seu melhor estágio no Atlético Nacional.

Grêmio
O atual campeão também está entre os favoritos deste ano. O Grêmio defenderá seu título e buscará um bicampeonato mesmo se os rivais se multiplicarem e apesar do fato da saída de Arthur para o Barcelona da Espanha, após a Copa do Mundo.

Mesmo antes da partida de seu jogador estrela, o tricolor ainda tem uma força de trabalho que pode competir e dominar o continente, como demonstrado recentemente quando venceram a Recopa sul-Americana contra o Independiente da Argentina.

A equipe do lendário Renato Gaúcho (que é o único brasileiro que levantou a Libertadores como treinador e jogador) tem entre suas fileiras nomes de destaque, como Grohe, Geromel e Maicon, além do talento e os gols de Luan.

Fonte: Conmebol Libertadores via Facebook

Independiente
O clube argentino parece não ficar tão forte dentro do atual torneio quanto os brasileiros, mas mesmo assim, é o time que mais venceu a Copa Libertadores na história.

Independiente tem jogado nesta edição da Libertadores com muito mérito, depois de encarar duas vezes ao Grêmio na Recopa Sudamericana, e jogando em ambos os jogos com um jogador a menos.

Por sua parte, o treinador Ariel Holan chegou na equipe para plantar uma mentalidade vencedora nos jogadores, onde apesar de não ter grandes estrelas, a equipe mostrou um grande trabalho em conjunto, e um bom jogo em cada jogo.

Boca Juniors
A equipe de Buenos Aires tem muitas expectativas no atual torneio, já que é o segundo clube com mais Copas Libertadores em sua vitrine, com seis (o Independiente tem sete).

Além dos dados históricos, os Xeneizes foram reforçados fortemente para esta temporada, e não tiveram rival na SuperLiga Argentina, levantando o título nacional pela segunda vez desde a chegada de Guillermo Barros Schelotto no cargo de treinador em 2016.

Em suas fileiras têm jogadores-chave no ataque, como o jovem selecionado argentino Cristian Pavón, além de Carlos Tevez e Fernando Gago, e três colombianos selecionados: Frank Fabra, Wilmar Barrios e Edwin Cardona.

Fonte: BOCA via Facebook

A Conmebol anunciou que este ano a Copa distribuirá quase cinco milhões de dólares a mais em prêmios do que em 2017, e o campeão vai dobrar a recompensa do ano passado, recebendo seis milhões de dólares. Apenas para a fase de grupos, cada clube recebe 1,8 milhões de dólares, que são um grande alívio para as economias de alguns clubes humildes, que mal tem o suficiente para competir.