O Palmeiras segue firme e forte na disputa de títulos em 2018. Líder do Brasileiro e semifinalista da Copa Libertadores, o clube tem tudo para conquistar uma taça. Ou duas, talvez.

Nesta quarta-feira, o Itaú BBA divulgou relatório onde analisou a saúde financeira dos principais clubes do Brasil. Segundo Cesar Grafietti, consultor da empresa, nem a saída da Crefisa seria capaz de atrapalhar a evolução nos cofres palestrinos.

“Vamos imaginar que a Crefisa saiu do clube. O Palmeiras vende uma série de atletas caros, faz uma receita, paga a patrocinadora e ainda vai sobrar dinheiro para o clube tocar a vida”, comentou.

“Só com os direitos de TV, bilheteria e mais uma ou outra receita, o Palmeiras já fecha as suas contas no azul. Se, ao invés da Crefisa, o Palmeiras passar a ter um aporte de R$ 35 milhões de outros patrocinadores, sobe para R$ 55 milhões. Terá uma redução na geração de caixa, mas é mais do que suficiente para fazer alguns investimentos e conseguir manter a folha salarial como é hoje”, adicionou Grafietti.

Em 2017, o Verdão teve receita líquida de R$ 100 milhões. Conseguiu manter a folha salarial intacta, pagar todos os custos e ainda fechou no azul.

Se a Crefisa optar por deixar o Palmeiras caso a oposição vença a eleição, é possível vender cotas de patrocínio e arrecadar dinheiro.

“Para um clube como o Palmeiras, que tem atingido bons desempenhos esportivos, que tem uma marca forte, que está saneado financeiramente, com um estádio grande, lotado e novo, não é um absurdo falar em arrecadar R$ 40 milhões em patrocínio”, finalizou o consultor.

Processo na Justiça

As atitudes de Leila Pereira, presidente da patrocinadora, não agradaram membros da oposição. Genaro Marino (candidato de oposição à presidência), Victor Fruges e José Carlos Tomaselli foram alvos de processo judicial após carta pública criticando a empresária e alegando que o Palmeiras é “refém” da empresa.

Segundo informações de bastidores, se Genaro ganhar e se tornar presidente, Leila deixará de patrocinar e procurará outro clube. Se Maurício vencer pela segunda vez consecutiva, a Crefisa permanecerá e até aumentará os investimentos.

As eleições presidenciais ocorrem em novembro.