O Palmeiras acertou em não fechar com a Blackstar

O Palmeiras viveu uma semana cheia de turbulências. E o pior: por uma empresa de fora e que não tem qualquer tipo de vínculo ou contato com o clube. A Blackstar, apresentada por Genaro Marino ao presidente Maurício Galiotte e “apadrinhada” por Paulo Nobre, ofereceu patrocínio de R$ 1 bilhão por dez anos.

Até aí, tudo certo. Se existe o recurso, se existe a intenção do patrocínio, bastava andar e analisar. Foi o que o Palmeiras fez. Alexandre Zanotta, atual diretor jurídico, recebeu Rubnei Quícoli em seu escritório. Quícoli é representante da Blackstar no Brasil.

Após a reunião, Zanotta reuniu 19 perguntas simples e enviou para Quícoli. O objetivo do diretor era simplesmente saber a origem do dinheiro e detalhes da composição da empresa. É um direito lógico do Palmeiras. A imagem será atrelada, talvez até a marca estampada na camisa. É necessário – e importante – saber tudo.

Mas as respostas não chegaram. Ou melhor, até chegaram, mas não respondendo as perguntas. Quícoli atacou Maurício Galiotte, atacou o Palmeiras e atacou sua torcida. Colocou em dúvida perante a imprensa a veracidade do Primeiro Mundial de Clubes que o clube lutou tanto, e luta ainda, para que seja reconhecido. No capital social da Blackstar consta apenas R$ 5 mil. Como a empresa quer investir R$ 1 bilhão?

O problema maior de tudo isso foram os documentos apresentados. Falsos. O próprio CEO do Banco HSBC confirmou por e-mail que a Blackstar não tem garantia bancária alguma presa na instituição. Não existem recursos. Não existe conta. Não existe vínculo.

Galiotte colocou fim na conversa. Para a saúde da imagem do clube, inclusive. O Palmeiras deve seguir a ordem natural e renovar com a Crefisa, patrocínio que tornou o clube mais forte, mais potente e mais moderno.

No Palmeiras não existe mais espaço para amadorismo e dúvidas. Crescemos, evoluímos, encorpamos. O Palmeiras é a maior potência do futebol brasileiro por conta própria.