O técnico Ricardo Gareca é, sem dúvida, o grande nome da Copa América 2019. O comandante levou a seleção do Peru para a grande decisão do torneio e enfrentará o Brasil neste domingo. Campeão ou não, Gareca mostra seu potencial.
Ele já havia quebrado um estigma interessante: classificou os peruanos para a Copa da Rússia depois de três décadas de ausência entre as seleções.
A passagem pelo futebol brasileiro, no entanto, não foi nada positiva. Gareca treinou o Palmeiras por três meses e foi demitido. Em pleno ano do centenário, o clube quase caiu para a segunda divisão.
José Carlos Brunoro, diretor de futebol na época, revelou que Gareca disputava o cargo com o ex-lateral Arce.
“Na época, a gente se dividiu para escolher dois treinadores. Era o Arce ou o Gareca, então eu fui para o Paraguai falar com o Arce e o Omar Feitosa [gerente de futebol] e o Genaro Marino [vice-presidente de futebol] foram para a Argentina. Como não deu certo com o Arce, que era a preferência, ficamos com o Gareca.”
“Ele é um treinador que precisa de paciência com o trabalho dele. Ele é um cara bastante metódico, um cara que dá muita importância ao trabalho de grupo. Então, tem que conhecer bem os jogadores. Ele cria um ambiente muito bom. Ele teve esse tempo no Peru para formatar um trabalho e criar algumas coisas importantes para a seleção. Foi assim que ele classificou o Peru à Copa do Mundo e que está tendo sucesso na Copa América. Hoje, ele é um ídolo no Peru,” adicionou Brunoro.
O atacante Pablo Mouche, pedido pelo treinador argentino, revelou que a chegada de Alexandre Mattos foi primordial para a sua saída. Além dele, Cristaldo e Tobio foram contratados.
“Senti muito a saída dele. Acho que os argentinos ficaram chateados e sentimos muito. Achamos que foi muito fundamental para nós, buscar uma saída porque ele chegou e pediu a nossa contratação [dos argentinos]. A chegada do Alexandre Mattos [diretor de futebol alviverde] também foi muito significante para eu sair do Palmeiras.”
