É fim de temporada para o Palmeiras. Um ano em que podemos considerar um fracasso, não da mesma forma que foi 2017, mas bem próximo. Onde o clube foi omisso em muitos momentos, dos jogadores até o presidente. Ao todo foram 68 partidas no ano, onde a equipe marcou 105 gols e não conquistou nenhum título, nem o ‘paulistinha’. Contudo, podemos avaliar o ano de cada jogador de forma individual durante a longa temporada que começou em 20 da janeiro, no empate em 1 a 1 com o RB Brasil, onde teve um pequeno intervalo entre junho e julho para a Copa América, e que encerrou em 8 de dezembro, na vitória por 2 a 0, que rebaixou o Cruzeiro para a Série B.
GOLEIROS
Podemos acompanhar boas apresentações de Weverton de baixo das traves. O goleiro que chegou com uma certa desconfiança por parte torcedores no início de 2018, terminou a temporada passada como titular na campanha do deca, tendo que corresponder ao nível e toda identificação de Prass e Jailson – ídolos dos torcedores. E, dessa forma, o ponto para Weverton é positivo, já que terminou com boas atuações pelo Verdão. Sua partida de maior destaque foi contra o Ceará, na qual o goleiro saiu de campo sem ser vazado defendendo um pênalti, sendo decisivo naquele confronto, onde foi exaltado pelos torcedores presentes no estádio.
Neste ano, Weverton ficou no top 3 de jogadores com mais minutos em campo (4.974), somente atrás de Dudu e Bruno Henrique. O camisa 21 participou de 51 dos 68 compromissos do Verdão na temporada. Por outro lado, Fernando Prass esteve em campo apenas em 11 oportunidades, destes, a maioria atuou no Paulistão (7), quando Weverton esteve com a seleção brasileira. Em contrapartida, Jailson atuou apenas em cinco jogos, além disso, sempre esteve alternando no banco de reservas com Prass, que já não faz mais parte do planejamento do clube para 2020. Sendo assim, a tendência é que Weverton permaneça como o goleiro titular da equipe, com Jailson sendo o seu reserva imediato e, para a terceira vaga, um jovem da base – provavelmente Vinicius Silvestre.
LATERAL DIREITA
Marcos Rocha, por seu grande papel ofensivo e pela ausência de Mayke, foi o titular absoluto da equipe. O camisa 2 atuou em 46 partidas, onde marcou três gols, além de dar outras seis assistências. Ao todo foram 4.376 minutos em campo, longe disso, Mayke realizou apenas 21 jogos pelo Verdão no ano, onde conseguiu marcar um gol, contra o Sampaio Correia pela Copa do Brasil, e distribuir outras duas assistências. Com sua ausência em grande parte da temporada por lesões em sequência, Jean foi quem esteve como o substituto na posição, e até chegou a atuar em alguns jogos, mas com apenas 586 minutos em 11 oportunidades – longe de ser o Jean do enea em 2016 – teve apenas uma participação em gol, que foi a assistência para Gabriel Veron, na goleada contra o Goiás por 5 x 1, na penúltima rodada do Brasileirão.
LATERAL ESQUERDA
Apesar de ser muito questionado nas arquibancadas, Diogo Barbosa, de forma incontestável por Felipão e Mano Menezes, se manteve durante toda a temporada como titular da posição. O camisa 6 não entrou em campo em apenas 16 jogos no ano, ou seja, disputou 52, onde acumulou 4.839 minutos nos gramados. No entanto, seu lado ofensivo não foi dos melhores, tanto que atribuiu apenas três assistências. Por outro lado, Victor Luiz participou de apenas 19 jogos, grande parte em confrontos irrelevantes.
ZAGUEIROS
Por conta de convocações para a seleção paraguaia, Gustavo Gómez ficou de fora em alguns jogos, mas, de qualquer forma, foi o zagueiro que mais esteve em campo na temporada. Com 42 jogos disputados, teve uma boa fase em marcar gols – cinco no ano – mas deixou de ser o cobrador oficial de pênaltis, após desperdiçar nas quartas de final da Copa do Brasil contra o Internacional, na qual ficou completamente abalado pela eliminação. Luan foi quem atuou mais vezes com o paraguaio e obteve 36 partidas no ano.
Vitor Hugo chegou no segundo semestre e logo se tornou titular da posição, até pelo investimento e pela identificação com o clube, esteve presente em 20 oportunidades. Por outro lado, Edu Dracena que já anunciou sua aposentadoria dos gramados, não teve um ano positivo, com apenas 17 jogos, o experiente pouco foi utilizado, onde atuou em jogos de menor expressão. Assim como Antônio Carlos que, sem espaço e pouco aproveitado, deve deixar o clube após três temporadas no Palmeiras.
VOLANTES
Mais uma vez, Bruno Henrique esteve em grande parte dos compromissos do Palestra no ano. Ele que permaneceu sendo o capitão da equipe, manteve a média de gols da temporada passada e marcou 10 vezes, a maioria pelo Campeonato Brasileiro, além de dar outros seis passes para gols. Com 4.981 minutos em 59 jogos disputados, fica atrás apenas de Dudu neste quesito. Em 11 partidas a menos que o camisa 19, Felipe Melo acumulou 4.121 minutos em campo, e conseguiu marcar seis gols no ano – destes, em três das quatro competições que disputou. Thiago Santos já negociado com o FC Dallas, deixou o clube após cinco temporadas, ele que nesta temporada disputou 34 jogos.
Por outro lado, Ramires foi uma grande incógnita, com apenas seis jogos disputados atuou apenas 191 minutos no Campeonato Brasileiro. Voltando de lesão, deve tentar recuperar sua melhor condição física para apresentar um bom futebol. Enquanto isso, Matheus Fernandes – ganhando mais espaço e até sendo titular – deixou boas apresentações nos últimos compromissos do clube na temporada e chegou a marcar um gol, contra o Flamengo, porém, de 68 jogos pôde entrar em campo em apenas 12, sempre saindo do banco de reservas.
MEIAS
A posição mais questionada por todos os palmeirenses é o meio campo. Gustavo Scarpa, Raphael Veiga e Lucas Lima não conseguem manter uma boa sequência de jogos ou podemos dizer: regularidade. De qualquer forma, Scarpa foi disparado o melhor na comparação dos meias, com 13 gols e sete assistências no ano, ficou apenas atrás de Dudu, com 14 tentos e 16 passes, respectivamente. Enquanto isso, Lucas Lima em 2.343 minutos, somados em 43 jogos, marcou apenas UM gol, e conseguiu, na reta final de temporada, dar algumas assistências e chegou a quatro no total. Com grande expectativa após retornar de empréstimo do Athletico Paranaense, outra vez, Veiga não conseguiu emplacar na equipe. Em 30 jogos, marcou cinco gols e deu apenas duas assistências, muito pouco para o que se esperava dos meias de criação do time.
ATACANTES
Incontestável no elenco, Dudu foi, mais uma vez, o jogador mais decisivo em jogos do Palmeiras em 2019. Pasmen, o ‘baixola’ atuou em 64 de 68 compromissos do Verdão na temporada! O comprometimento e responsabilidade que o camisa 7 carrega não é pouco. Como de costume, além de ser o maior garçom do time no ano com 16 assistências, foi também o artilheiro com 14 gols marcados, sem contar as outras 12 participações indiretas nos gols marcados pelo Alviverde, tudo isso em 5.759 minutos em campo. Atuando mais como um atacante pelos lados, Zé Rafael, apesar de ficar muitos jogos no banco com Felipão no comando, no decorrer dos campeonatos conseguiu marcar oito vezes e distribuir quatro passes para gols, em 38 jogos.
Willian Bigode não esteve presente no primeiro semestre por conta da grave lesão que teve na partida do título contra o Vasco em 2019, mas desde que retornou sempre entrou em campo, porém, sem muito destaque como nas temporadas anteriores, marcou em apenas quatro oportunidades. Hyoran, como sempre, sem muitas oportunidades, disputou 697 minutos em 19 partidas, apesar disso, marcou duas vezes e realizou cinco assistências. Enquanto na mesma quantidade de jogos e 125 minutos a mais, a maior contratação da história do clube: Carlos Eduardo marcou apenas um gol. Por sinal, foi um gol inútil, no clássico contra o São Paulo, ainda na primeira fase do Paulistão.
CENTROAVANTES
Luiz Adriano teve um bom início na equipe ao chegar resolvendo jogos e, apesar de ficar fora de muitos compromissos por conta de lesão (11), marcou 7 gols em 15 partidas. Com quase dois mil minutos e 21 jogos a mais, Deyverson marcou oito vezes. O colombiano Borja conseguiu marcar seis em 25 partidas – iniciando como titular em apenas 10. Sendo assim, ambos devem estar de malas prontas para deixar o clube. O mesmo destino de Henrique Dourado que, numa passagem que não irá fazer falta, esteve em campo em 105 minutos, somados em quatro jogos.
JOGADORES DA BASE
O jovem promissor Gabriel Veron após pressão da torcida e ser eleito o craque do Copa do Mundo Sub 17, ganhou oportunidades e entrou nas partidas contra Fluminense, Goiás e Cruzeiro na reta final do Brasileirão. Sendo assim, o atacante conseguiu o grande feito de marcar dois gols e dar uma assistência (para Dudu), em 37 minutos contra os goianos. Com isso, de contrato renovado, certamente, ganhará mais minutos em 2020 podendo atuar mais vezes com Dudu, e assim, fazer com que a diretoria dê mais chances a outros garotos da base, que nos últimos anos pouco foram utilizados.
Contra a Ponte Preta, em jogo válido pela última rodada da primeira fase no Campeonato Paulista, o zagueiro Vitão atuou durante 74 minutos. Já o centroavante Léo Passos 57: ambos foram emprestados para América MG e Londrina, respectivamente, que disputaram a Série B. O ótimo lateral Lucas Esteves atuou apenas QUATRO minutos na mesma partida na vitória contra a macaca. No decorrer da temporada, Esteves completou o banco de reservas em duas oportunidades, mas não chegou a entrar em campo. Como P. de Lucca, Matheus Neris, e Luan Candido, já vendido pelo clube, foram convocados para jogos no Paulistão, mas também não atuaram.
SEM OPORTUNIDADES
O lateral Fabiano, o zagueiro Juninho e o meia Alerrandro Guerra, durante seis meses sequer tiveram a oportunidade de atuar em uma partida. Juntos ficaram de foram de muitos compromissos sem serem convocados e até mesmo ficando fora da inscrição de campeonatos. Fabiano que foi comprado após fazer o ‘gol do título’ do enea em 2016, foi comprado pelo Palmeiras. Mas nunca agradou os torcedores e não deve mais atuar pelo clube. Enquanto Juninho já foi vendido para o Bahia, o venezuelano Guerra deve ter o mesmo desfecho dos outros dois.
JOGADORES QUE SAÍRAM
Após grande destaque no enea de 2016, Moisés deixou o Palmeiras na retomada dos campeonatos após o término da Copa América. E, infelizmente, sua passagem se encerrou com o azar de ter desperdiçado a cobrança de pênalti que resultou na eliminação da equipe para o Internacional, nas quartas da Copa do Brasil. Ele que nunca havia perdido um pênalti com a camisa do Verdão. Sendo assim, se despediu do alviverde em 2019 com 23 jogos, dois gols e três assistências em 1.310 minutos em campo. Após grandes expectativas, Ricardo Goulart teve uma passagem precoce no Palestra, onde disputou apenas 12 jogos e marcou quatro vezes, além de dar outros três passes para gols. Depois de uma lesão grave no joelho, retornou ao seu clube na China, o Guangzhou Evergrande.
CHEGARAM EM 2019 E JÁ SAÍRAM
Por fim, contratados para esta temporada, sem muito brilho Arthur Cabral e Felipe Pires sequer terminaram o ano no clube. O centroavante que veio do Ceará: marcou um gol – contra o Novo Horizontino – em 257 minutos, somando os cinco jogos que disputou. Enquanto o atacante adquirido por empréstimo junto ao Hoffenheim, da Alemanha, marcou um gol, este contra o Oeste, também no Paulistão. E saiu após acumular 800 minutos em 16 oportunidades.
LEIA MAIS NOTÍCIAS DO PALMEIRAS:
Palmeiras pode passar o Natal sem reforços
Palmeiras busca titulares, diz Anderson Barros
Valdívia no Palmeiras? Anderson Barros falou sobre a possibilidade
