A proposta do Catar chegou. Dudu passa por problemas pessoais. Aos 28 anos, tem a chance de fazer sua vida financeira e deixar seus dois meninos pra lá de bem na vida. Três coisas que devem fazê-lo aceitar sair do Palmeiras, clube que respeita muito e teve sucesso.
Depois de um delicioso chapéu em 2015, o camisa 7 chegou ao Palestra Itália. O Corinthians, olha só, já tinha praticamente anunciado o negócio. O São Paulo estava na briga. Mas o Palmeiras foi lá, capitaneado por Mattos, e foi mais incisivo e inteligente. Claro, com uma pitada de grana.
Em cinco anos foram três títulos nacionais. Dudu foi extremamente decisivo em 2015, na Copa do Brasil. Parecia um leão em campo. A taça veio coroar um ano difícil de reconstrução e ele mereceu todos os aplausos possíveis.
Em 2019 veio a renovação contratual. Vários clubes buscaram informações e Maurício Galiotte foi mais rápido. Ofereceu um salário maior e uma “luva”. O Baixola aceitou e concordou. E ganhou uma promessa: quando chegar uma proposta boa e que o Palmeiras receba o dobro do que pagou, a liberação será feita.
O Palmeiras desembolsou R$ 17 milhões. A proposta do Catar é de R$ 80. Difícil conversar e negociar a permanência.
Palmeiras foi gigante!
Ao longo desses cinco anos, com Dudu se destacando ferozmente em campo, a diretoria teve grande trabalho em mantê-lo no grupo. Foram conversas e discussões salariais, além de novos contratos. Aos poucos ele foi ficando e o Verdão foi mantendo, devagar, campeonato por campeonato.
Chegou a hora do adeus. Ele deve aceitar a proposta e partir. E para nós, palmeirenses, resta agradecer. Agradecer por todo esse tempo, pelas conquistas e pelo suor derramado em campo. Assim como Fernando Prass, Dudu tornou-se um dos ídolos da história recente do Palestra.
Agora é apostar na base e segurar a grana. Não sabemos quando a pandemia vai acabar e nem qual será a consequência disso no cofre. E vida que segue…