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Em declínio, Globo pede rescisão e não transmitirá mais a Copa Libertadores da América

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A TV Globo se desfez de mais uma competição. Dessa vez foi a atitude de rescindir contrato com a Conmebol pela transmissão da Copa Libertadores da América. Houve tentativa de conversa pela redução dos valores, mas a entidade que controla o futebol sulamericano não aceitou.

A crise proposta pela pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio a Vênus Platinada. Primeiro foi a renegociação dos direitos da Copa do Mundo com a Fifa. Depois foi o fim do contrato de transmissão do Campeonato Carioca após o Flamengo exercer a MP do Mandante. E agora o rompimento com a Conmebol.

O Grupo comprou duas unidades de quatro cotas por US$ 64 milhões anuais. A diretoria da emissora confirmou a rescisão e justificou como “rescisão do contrato baseada em cláusula que tratava de prolongado período com competições paralisadas”.

Em resposta para o UOL Esporte, a Globo explicou o motivo mais explicitamente.

“Diante do cenário extremamente desafiador provocado pela crise econômica e potencializado pela pandemia de COVID-19, a Globo vem fazendo uma revisão completa de seu portfólio de direitos. Nesse contexto, e tendo em vista a suspensão daquela competição por vários meses, a empresa tentou renegociar com a Conmebol o contrato da Libertadores, válido até 2022, mas infelizmente não houve acordo.

Assim, não restou alternativa à Globo a não ser rescindir o contrato. Grandes players mundiais têm sido obrigados a renegociar seus acordos sobre eventos esportivos em razão da crise econômica provocada pela COVID-19, que, no Brasil, ainda é acentuada pela desvalorização cambial, que multiplica o valor dos contratos em dólar. Como principal competição de clubes das Américas, a Libertadores continua sendo importante para a Globo. No entanto, para que sua transmissão seja viável e satisfatória para todas as partes envolvidas, ela precisa se adequar à nova realidade mundial dos direitos esportivos e à situação econômica vivida pelo país.

Por fim, é importante esclarecer que havia no contrato cláusula específica de rescisão em caso de suspensão da competição por períodos prolongados, por motivo de força maior.”

Apesar da desistência, ainda existe possibilidade de renegociação dos valores. Entretanto, a Conmebol já se mostrou bastante reticente em reduzir a pedida.

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