Levantar a cabeça e seguir em frente. Saber que nada está perdido, nada foi derrubado. Essa é a filosofia dos gigantes.
Boa parte do Brasil comemorou a queda do Palmeiras no Mundial. E isso é longe de ser ruim. Só coloca o time num patamar ainda maior, ainda mais importante. Nós, palmeirenses, estamos orgulhosos por tudo que aconteceu na temporada.
A pandemia chegou batendo forte. Muitos atletas afastados. Calendário surreal, apertado e cheio de jogos difíceis próximos, perto um do outro. Em agosto levantamos a taça de Campeão Paulista superando toda a sujeira que fizeram com a gente em 2018. E o rival? Bem, o rival foi para casa quietinho e triste.
Fomos caminhando bem na Libertadores e no Brasileiro. Ainda com quantidade de jogos totalmente fora do padrão, o Palmeiras chegou na decisão do torneio continental. Como não poderia deixar de ser, os jornalistas-memes já atacaram a equipe e projetaram o Santos campeão. Tem mais time, tem mais técnico, tem mais tudo. Breno Lopes meteu um esparadrapo na boca dessa galera e o Palmeiras levantou mais uma taça.
Mas e Corinthians e São Paulo? Bem, o São Paulo despencou do topo do Brasileiro e o Corinthians seguiu como mero participante, só cumprindo tabela. Aliás isso sempre foi muito comum. Incomum é quando eles comemoram alguma coisa.
Uma semana depois, sem qualquer planejamento decente, o Palmeiras viajou para o Catar forçado pelo regulamento. Não teve tempo nenhum de se preparar nem física e nem psicologicamente. Pasmem: no dia da viagem, o Palmeiras enfrentou o Botafogo-RJ pelo Brasileiro. Aí, sim, viajou. Viajou por 14 horas até o Catar. Chegou e já treinou.
Nenhum Campeão da Libertadores tem obrigação de ser Campeão do Mundo. Não ser Campeão do Mundo não anula em nada a brilhante conquista da Libertadores. Os jornalistas memes e os rivais, claro, querem fazer essa correlação e desmerecer. Mas jamais isso se confirmará.
Temos a chance de chegar ao final da temporada com um título Estadual, um Nacional e um Continental. E temos a chance também de mostrar a nossa conta bancária e dizer de peito aberto que superamos a crise financeira diante da pandemia. Que não demitimos ninguém, nenhum funcionário sequer e ainda pagamos um extra como forma de merecimento. Aqui não existe a ideia de ter jogador trabalhando com salário atrasado ou qualquer vencimento em aberto.
Nossa arena, a maior da América do Sul, está paga. É nossa. Não temos dívidas com a Caixa e nem nada parecido. E é longe, bem longe, de ser obsoleta e um verdadeiro elefante branco. Aqui usamos de diversas formas, multiuso mesmo.
Primeiro Campeão Mundial e citado pela Fifa em matéria sobre a conquista, o Palmeiras não tem nada a temer. Nada a se preocupar. É o Maior Campeão do Brasil e só vem empilhando taças. Em cinco anos, foram dois Brasileiros, uma Copa do Brasil, uma Libertadores e um Paulista. Muito? Pouco? Não sei. Mas para nós, palmeirenses, a hegemonia é verde e continua. E vamos brigar ainda mais por mais conquistas. A Libertadores de 2020 foi apenas uma parte dessa história.
E os rivais? Bem, Corinthians e São Paulo lutam por nada. Sem objetivos. Falidos. Com o pires na mão. Um não comemora nada há 13 anos e o outro segue na esquina reunindo moedas para pagar o juros do seu estádio. Mas falar que o Palmeiras não tem Mundial é muito mais inteligente do que procurar alternativas e resolver seus próprios problemas.
Coitados. Eles queriam torcer para a Sociedade Esportiva Palmeiras, o Maior do Brasil e agora o Maior das Américas.