A Federação Paulista de Futebol bate o pé e diz que disputar o Campeonato Paulista em São Paulo é seguro e não aumenta o número de casos do novo coronavírus. Em reunião com os clubes nesta segunda, ficou acordado que a entidade apresentará ao Ministério Público um novo protocolo de segurança para liberar a continuidade da disputa da competição.

O documento foi assinado pelos médicos da FPF e todos os 16 clubes do torneio. O principal ponto abordado é o número de pessoas envolvidas nas partidas: cairá 70%.

Em documento mais rígido produzido no começo de março, a FPF ouviu não do MP. Por isso existe uma certa desconfiança de que haverá a continuidade do Paulista no estado.

A Fase Emergencial começou dia 15 e terminaria no dia 30. Mas a escalada da doença por todo o país fez o governador João Doria aumentar o período até o dia 11 de abril. Até lá, não podem ser disputados jogos esportivos coletivos.

Veja as orientações do novo protocolo produzido pela FPF:

  • Para se manter o conceito de segurança no futebol, no atual momento, deverá haver um “endurecimento” do protocolo anterior, com as seguintes providências de conduta que, sob o ponto de vista médico, devem ser tomadas como necessidades mínimas para continuidade do Campeonato Paulista durante a Fase Emergencial:

  • Manter os atletas em “Ambiente Controlado” (“Bolha like”), entendido como local onde os riscos são monitorados e minimizados.

  • Reforçar e seguir rigorosamente todos os itens do protocolo já definidos na edição anterior;

  • Todos que tiverem que entrar na concentração deverão ser testados nas 24 horas antecedentes;

  • Os atletas, comissão técnica, assim como todos os que estiverem na concentração, devem ser submetidos regularmente aos testes de RT-PCR antes e depois de cada partida, com intervalo máximo de 3 dias entre os testes;

  • Na eventualidade de se ter um teste RT-PCR positivo, além do atleta ser imediatamente afastado; deverá ser orientado o rastreamento de contato, conforme o relato do atleta, para identificar outras possíveis contaminações;

  • Os colaboradores que se deslocarem para suas casas (estafe dos clubes) deverão ser testados diariamente com RT-PCR;

  • Diariamente, todos os colaboradores deverão ter a aferição da temperatura e serem submetidos ao questionário epidemiológico, que será controlado pelo Departamento Médico do clube;

  • Reforçar as orientações do protocolo anterior, para evitar acúmulo de pessoas em determinados ambientes fechados como, Fisioterapia, Academia, Restaurante, Laboratório, vestiários…

  • Reduzir o número de colaboradores e concentrar os que puderem permanecer;

  • Na cozinha, deverá haver fiscalização rigorosa com monitoramento e reforço constante do treinamento dos colaboradores, de acordo com as normas da Associação de Bares e Restaurantes;

  • Em relação à limpeza, a equipe deverá ser treinada e orientada para higienização reforçada, além de manter cheios os reservatórios em locais estratégicos com álcool gel.;

  • Toda e qualquer entrega de embalagem externa deverá ser higienizada com o álcool 70o antes de entrar na concentração;

  • O médico do clube mandante deverá informar ao Comitê Médico da FPF sobre a existência de vagas hospitalares e disponibilidade de leitos de UTI em hospital da cidade, para eventual caso de emergência médica durante a partida. No caso de jogos em outras cidades, o Departamento de Competições da FPF comunicará o Comitê Médico da FPF.