“Que vexame!”, “um absurdo”, “cadê o melhor técnico da América?”. O Palmeiras foi tratado dessa forma pela imprensa quando quase caiu na primeira fase do Campeonato Paulista. Os debates esportivos na TV se encheram de críticas direcionadas ao clube e ao técnico, na clara e óbvia tentativa de desestabilizar.
Em rápida recuperação, o Verdão venceu seus combates mesmo diante de calendário turbulento e avançou de fase. Eliminou o Red Bull Bragantino fora de casa e depois colocou o Corinthians na rua. Dentro da Neo Química Arena, o time de Abel sobrou, passeou e poderia ter feito mais. Muito mais. O transtorno causado foi tanto que os alvinegros protestaram e derrubaram seu técnico. E estão sofrendo demais para contratar um novo profissional.
No primeiro jogo da final contra o São Paulo, igualdade. Como deveria ser. E como foi em Itaquera no ano passado. Não se exige jogar bonito, se exige ter bom resultado. E diante das perspectivas, não foi ruim. Vamos decidir no Morumbi onde o dono da casa não consegue prevalecer. Não tem poder de usar o local como trunfo. Portanto, tudo aberto.
Palmeiras tem quatro desfalques confirmados na final do Paulista contra o São Paulo
Abel Ferreira sabe como trabalhar o psicológico dos atletas. Os mais novos, as nossas crias, transparecem enorme tranquilidade. Não para menos: não é um campeonato importante e de jeito nenhum projeta o ritmo da temporada. Se ganhar, excelente, vamos ao vigésimo quarto da história. Se perder, paciência. Treinamos na segunda-feira visando a Libertadores e o começo do Campeonato Brasileiro.
As atitudes que a Federação tomou e anda tomando ditam esse rumo. Depois que Reinaldo Carneiro de Bastos criticou Abel na TV por conta do calendário, nada mais impressiona, nada mais surpreende. A escalação de Raphael Claus, árbitro cercado de polêmicas contra nós, traduz um pouco da perseguição e da retaliação.
Mas, como em 1942 quando nos forçaram a mudar de nome, o Palestra morreu líder e o Palmeiras nasceu campeão. Ah, e de conquistas nós entendemos. E como entendemos.
Avanti, Palestra. Confiança no teto.
