O técnico Abel Ferreira tirou uns minutos da sua coletiva de pós-jogo contra o São Paulo na última terça-feira para criticar a forma com que está sendo criticado pela arbitragem do futebol brasileiro, depois de ser expulso diante do Atlético Mineiro sem uma explicação do árbitro Bruno Arleu de Oliveira na súmula.
“Não tenho guerra contra árbitros, e espero que os árbitros não tenham guerra contra mim. É muito fácil expulsar o treinador do Palmeiras. Prometo que vou fazer um esforço para me portar melhor, mas nestas três só em uma que fui muito bem expulso. Gosto muito de aprender, quero melhorar, mas acho que basta. Sinto que está muito fácil expulsar o treinador do Palmeiras. Basta!”, desabafou o treinador.
“Fui três vezes expulso. A primeira foi em casa contra o Ceará, fiquei fora e fui absolvido. Mas cumpri o jogo. Na segunda vez, contra o Flamengo na Supercopa, fui muito bem expulso. Não devia fazer o que fiz, paguei por isso. A comissão de arbitragem recorreu para ser dois jogos. O que fiz era para merecer dois jogos. Assumi que ia fazer um esforço tremendo para melhorar meu comportamento. Vivo o futebol de forma intensa e apaixonada. No último jogo, fui expulso e o árbitro não sabe o que eu disse”, completou.
Com a expulsão na última rodada, Abel Ferreira chegou a 17 cartões recebidos desde sua chegada ao Palmeiras. Ao todo, foram 14 cartões amarelos e três vermelhos. Mas seria mesmo o treinador português intenso ou agressivo demais com seus gestos em campo?
Na Libertadores, na qual Abel Ferreira está na mais uma vez na semifinal, recebeu apenas um cartão amarelo, este recebido diante do Libertad, na última temporada. A arbitragem no futebol brasileiro costuma “pegar no pé” dos profissionais mais visados, como era o próprio compatriota de Abel, o técnico Jorge Jesus, ainda pelo Flamengo, e principalmente com os jogadores.
Grandes exemplos no próprio Palmeiras são Felipe Melo e Deyverson, que sempre “pagam” pela fama que construíram ao longo da carreira, principalmente o volante, já que o camisa 16 ganhou mais visibilidade em 2018, depois de se envolver em muitas polêmicas.
Expulsar um jogador ou técnico, como no caso da última rodada com Abel Ferreira, e não saber o explicar o motivo de tal decisão é um absurdo, onde a CBF deveria mudar a forma com que costuma proteger os árbitros e ter mais transparência com os clubes e todo o público.
Se tem algo que não é unanimidade no futebol brasileiro são os responsáveis pelo apito. Algo precisa ser feito e deve partir dos responsáveis pela gestão que é realizada pela organização do campeonato.
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