Blog do Thiago GomesPalmeiras, Corinthians e mercado: a total inversão de valores

Palmeiras, Corinthians e mercado: a total inversão de valores

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Quando era pequeno, lembro do meu pai extremamente preocupado em pagar dívidas. Ele trabalhava bastante, assim como minha mãe, e nunca deixou faltar nada para nós. Pagar o aluguel todo mês era um motivo de orgulho e tranquilidade para ele. E claro, para nós também. Ter o teto garantido era sempre a primeira prioridade. E pagar os boletos do mês também trazia satisfação seguido de sentimento de dever cumprido.

Trazendo essa história para o futebol, analiso a atitude do Palmeiras ao longo dos últimos anos. Se preocupou em pagar dívidas, tirou problemas da frente e foi amortizando algumas pendências. Além disso guardou dinheiro e conseguiu caminhar com as próprias pernas desde a inauguração do Allianz Parque, levantando diversas taças mesmo enfrentando severas dificuldades por conta da pandemia.

E por falar em pandemia, ninguém do clube foi demitido nesse período tão drástico de nossa história. Muitos perderam familiares e amigos para a terrível doença originada na China. E o Palmeiras foi além! Ofereceu um salário bônus para todos os funcionários após a conquista da Copa Libertadores, mostrando sinergia e respeito.

Não existe nenhum tipo de notícia apontando atraso salarial. Nenhum jogador vai na imprensa comentar sobre isso, porque não tem “isso”. Uma das obrigações do clube é quitar os salários e vencimentos em dia. Isso é uma regra, não deveria jamais ser exceção no futebol brasileiro. Tal atitude não é motivo de orgulho, é responsabilidade e comprometimento.

No mercado da bola o clube vendeu Viña e trouxe Piquerez e Jorge. Jorge veio de graça do Monaco em tacada genial de Anderson Barros. Piquerez, por ser novo, mereceu o investimento. Entre as transações, o Palmeiras teve importante lucro e pouca diferença em qualidade no setor.

Dudu voltou. E com ele voltou o salário alto (e merecido). O camisa 43 pode ser, sim, considerado um grande reforço para a temporada. Recebemos R$ 42 milhões por um ano de empréstimo e ainda contamos com o retorno de um grande ídolo e um jogador que faz a diferença.

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Estamos brigando diretamente pela conquista do Campeonato Brasileiro. Eliminamos o São Paulo com goleada acachapante no Allianz Parque por 3 a 0, tirando qualquer sombra ou fantasma do passado. Chegamos de uma temporada de Tríplice Coroa, com título da Libertadores, Nacional e Paulista…

Bem, nada disso é válido para a imprensa. Segundo eles, contratamos mal, não temos um grande elenco e a importância de ter um clube saudável, pasmem, não existe. Quem eles tratam como exemplo? O Corinthians…

Com quase R$ 1 bilhão de dívidas e mergulhado na lama, o clube Alvinegro trouxe alguns jogadores à toque de caixa e sem saber se conseguirá pagar o salário amanhã. Teve consecutivos casos de corte de luz por conta da falta de pagamento. Até as marmitas de lá não foram quitadas da forma como se deveria.

Cada dia que passa a dívida aumenta mais. E mais. E mais juros. E a luta diária para implorar e se arrastar por um perdão, por jogar a cobrança mais pra frente, etc. Tudo isso na imprensa, mas tudo isso muito bem agraciado e até escondido. Como se não tivesse importância. Como se fosse prazeiroso e sadio trabalhar dessa forma.

Na visão dos torcedores rivais vale ganhar títulos à qualquer custo. Já sabemos disso. Mas tem uma entidade que não se pode enganar jamais: o Universo. Tudo que se emana, recebe. Toda atitude tem uma reação. Simples assim.

O que mais assusta nessa comparação é que o Corinthians é tratado como competente e o Palmeiras como omisso. Se tal ação não é inversão de valores, o que é, então?

E assim caminha a mediocridade.

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