Após a derrota para o América Mineiro, Abel Ferreira foi mais uma vez questionado sobre o estilo de jogo e/ou comportamento de sua equipe em campo, por atuar de uma forma mais retraída no campo de defesa, buscando um ataque objetivo em velocidade, na maioria das vezes em jogadas de contra-ataque.
Na resposta, o treinador surpreendeu com uma fala semelhante a de Vanderlei Luxemburgo. Na ocasião, o experiente treinador ainda sob o comando do Palmeiras, após uma derrota para o São Paulo, foi abordado pelo mesmo tema e rebateu com uma indireta ao elenco: “Tem que ver se tenho time para jogar bonito”.
Tal fala não foi vista com bons olhos até mesmo para os jogadores naquela oportunidade, como Zé Rafael veio a revelar um tempo após a queda de Luxemburgo no Palmeiras.
“Acabou desgastando por causa do resultado e algumas declarações também não caíram bem, isso já no final do trabalho, quando talvez sentiu que não tinha mais volta, ele acabou se precipitando em algumas palavras“, afirmou Zé Rafael sobre Luxemburgo.
Dessa vez, Abel Ferreira diz não escolher a forma com que sua equipe se impõe em campo, como no caso do time mais retraído na defesa, mas afirmou que a ideia de jogo vai de acordo com as qualidades de cada atleta do elenco.
“Para que fique claro: Não sou eu que escolho a forma de jogar. São as características dos jogadores. Se virem os treinos, treinamos ataque posicional. Há questões de ordem mental que tem a ver com coragem para jogo”, pontuou.
O técnico Abel Ferreira, da SE Palmeiras, em jogo contra a equipe do EC Juventude, durante partida válida pela vigésima terceira rodada, do Campeonato Brasileiro, Série A, na arena Allianz Parque. (Foto: Cesar Greco)
A frase de Luxemburgo foi citada há 11 meses, há quase exatamente um ano: no dia 10 de outubro. E o contexto é o mesmo: queda de rendimento, atuações e resultados ruins, com desfalques por jogadores convocados (Abel não citou isso como “desculpa” no jogo contra o América-MG”), além dos diversos questionamentos também semelhantes sobre o estilo de jogo.
Fica a questão, o elenco é o grande problema ou ambos os técnicos não conseguiram (no caso de Abel, ainda não consegue) extrair o máximo do que os jogadores podem oferecer em campo?
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