Sim, ficou mais que claro de que Abel Ferreira errou ao mandar o time reserva a campo no clássico contra o rival São Paulo, que brigava contra a zona do rebaixamento, em pleno Allianz Parque, para mais de 35 mil torcedores presentes.
A decisão do técnico, o desempenho da equipe e o resultado (que poderia ser maior) foi um vexame para todos. Isso é fato.
Além de por si só já ser um clássico de relevância, tinha uma grande oportunidade de afundar um grande rival numa situação que certamente iria dificultar ainda mais os rumos do time do Morumbi.
Abel pode dizer que seus jogadores estão desgastados, que o foco é a Libertadores já no momento. E com esse argumento tentamos entender, ao menos um poucos.
Mas ao mesmo tempo sabemos que seria possível jogar com o que tem de melhor, já que tinha muitos desfalques, por suspensão (Dudu e Felipe Melo), além de Piquerez e Gómez (convocados).
Raphael Veiga, Scarpa e Rony entraram em campo já com o revés de 2 a 0 no segundo tempo. Viraram o salvador da pátria? Onde está o critério? Era mais fácil começar com os melhores em campo e depois ir poupando, como faz há muito tempo.
Restando nove dias para a final, depois de um clássico, Abel poderia tranquilamente poupar seus titulares nos próximos dois compromissos antes da final, e esperamos que seja assim. Pois se entrar com “força máxima” em Fortaleza ninguém irá entender nada.
O momento não é para os oportunistas pedirem a cabeça do técnico, criticar todo o elenco, “que não presta”, e sim de apoiar. Depois da final e com o fim da temporada, ai sim vale cobrar por mudanças, independente de título ou não.
Eu mesmo expressei minha opinião sobre Abel Ferreira há semanas atrás. Acredito que seja limitado, que pensa pequeno para o Palmeiras, que ele se limita e facilita para os jogadores se sentirem confortáveis no clube, e mesmo que vença ou não a Libertadores, não manteria para 2022.
Mas aqui fica o meu questionamento: onde estavam os críticos de ontem, após a derrota para o São Paulo, quando o Palmeiras estava sete jogos sem perder, com seis vitórias? Isso não foi meses atrás, foi semana passada. Agora é muito fácil apontar o dedo depois uma derrota no clássico.
Sim, Abel Ferreira errou (!). Mas o momento é entender, quer queira ou não, que o foco é a Libertadores, e não se aproveitar do momento para pesar ainda mais o clima no vestiário.
Vamos ao menos tentar entender e compreender (o incompreensível) e apoiar. Faltam nove dias!
Avanti.
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