O Flamengo vai diferente para a decisão da Libertadores em comparação ao time que estava atuando nos últimos jogos. Além de titulares na defesa que estavam sendo poupados, Arrascaeta retorna ao time no meio-campo.
Embora o momento de Michael seja bom, Renato Gaúcho acredita que o ideal é ter o uruguaio guiando o time, mesmo estando há mais de um mês sem realizar um jogo por completo.
De qualquer forma, o estilo de jogo do Flamengo é bem claro e passa muito pelo o que acontece nos primeiros minutos de jogo. A equipe rubro-negra mantém uma pressão inicial e com uma intensidade elevada sobre o seu adversário.
Com a bola, a equipe gira de um lado para o outro e quando estava sem Arrascaeta, buscava mais as individualidades de Michael e Bruno Henrique para criarem jogadas em direção a área.
Até por conta disso, Gabriel Barbosa normalmente saia muito da área para fazer com que Bruno Henrique seja o “elemento surpresa” dentro da área. Mas com Arrascaeta em campo essa situação de jogo deve ser menos comum de acontecer.
Embora Gabriel seja o artilheiro da equipe com 10 gols, o principal jogador do Flamengo até então tem sido o Bruno Henrique, justamente pelo fato do camisa 9 deixar a área em algumas oportunidades, algo que favorece seu companheiro de ataque.
Além disso, com Bruno Henrique dentro da área a equipe ganha algo a mais: o poder ofensivo de bola área. Na semifinal, por exemplo, o camisa 11 fez os quatro gols que colocou o time carioca na decisão, o primeiro de cabeça e chegando como elemento surpresa em três oportunidades.
Ponto fraco do Flamengo:
O Flamengo apresenta alguns problemas defensivos claros. Justamente pela pressão que busca impor no ataque, o meio-campo fica desestruturado em muitas vezes.
Até mesmo Willian Arão aparece como um meia avançado sem a bola, bem próximo aos atacantes fazendo a marcação com linhas altas. A mesma coisa acontece com Andreas Pereira, que joga mais à frente, inclusive.
Isso pode favorecer o Palmeiras em jogadas de contra-ataques, pegando a intermediária livre. Rodrigo Caio normalmente faz marcação individual no homem de referência, enquanto o segundo zagueiro fica há alguns metros na sobra.
Na lateral-direita Isla atua praticamente como um ponta, Filipe Luís na atual temporada tem sido um pouco mais conservador, avançando pouco à frente, muitas das vezes atuando até como terceiro homem na defesa.
Mas vale destacar que neste formato, com uma linha de três “zagueiros”, a equipe rubro-negra será bem lenta, enquanto seus volantes ficam mais à frente na tentativa de fazer marcação pressão e o lateral-direito “abandona” a defesa.
O Flamengo sabe jogar com a bola no pé, cria muitas chances com a qualidade de seus jogadores, mas ainda não encontrou o ponto ideal de encaixar o meio de campo junto a defesa no momento em que perde a bola e o perde-pressiona não é bem aproveitado.
A pressão alta e intensa pode ser o diferencial do Flamengo, mas ao mesmo tempo pode ser o maior problema, o “vilão” da equipe.
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