Diante do Athletico Paranaense, o Palmeiras obteve um título inédito: a Recopa Sul-Americana. E o Verdão fez por merecer, do início ao fim, dominando o seu adversário.

O time rubro-negro se mostrou ser pobre ofensivamente, com pouquíssimas descidas ao ataque. Embora o Palmeiras de fato seja muito superior, a equipe alviverde teve méritos pela sua imposição tática sem e com a bola (veja nas imagens abaixo).

A primeira etapa não teve nenhuma finalização certa no gol de Santos, mas foram 11 tentativas, boa parte através de cruzamentos, com bola rolando ou em escanteio.

Mas repare na imagem abaixo. Esse foi o cenário de todo o jogo, até o Palmeiras abrir o placar com quatro minutos no segundo tempo, com uma bela cobrança de falta de Zé Rafael.

O Palmeiras sempre saiu em uma linha de três na defesa, seja com Piquerez ou Marcos Rocha recuando, e até mesmo com um volante, seja Danilo ou Zé Rafael, que está fazendo o 3º homem na defesa, sem a bola.

Palmeiras pressionando o Athletico-PR no 1º tempo – Foto: Palmeiras Online

O Athletico jogou no conhecido 4-4-2, com Terans e Pablo mais à frente. Matheus Fernandes fechava pelo lado direito, duelando com Piquerez, Cittadini em Marcos Rocha, Erick e Hugo Moura centralizados.

Khellven ficou responsável pela marcação em Veron, Abner com Dudu, Thiago Heleno e Pedro Henrique rondavam Rony, que voltou a atuar como um falso 9.

A boa marcação do Athletico limitou as jogadas do Verdão, que ainda não trabalha a bola pela intermediária central e procurava bolas aéreas ou rasteiras depois de chegar na linha de fundo, sem sucesso. Mas a exigência que o Palmeiras impôs ao Furacão em marcar e não cometer erros taticamente, dificultou nas decidas da equipe visitante ao ataque.

Palmeiras pressionando a saída de bola do Athletico-PR – Foto: Palmeiras Online

Veja a marcação do Palmeiras na saída de bola do Athletico. Rony ficava entre os zagueiros, Veron também marcava Khellven, impedindo uma jogada em velocidade pela lateral, Veiga fechava os espaços no meio e nas linhas mais ofensivas os jogadores rubro-negros eram facilmente cercados, principalmente Terans e Pablo.

Já na volta do segundo tempo, o gol marcado cedo, por Zé Rafael, logo com quatro minutos, em uma cobrança de falta, sofrido por ele mesmo, trouxe o maior conforto para o time do Palmeiras: sair à frente do placar e jogar no espaço cedido pelo adversário.

Faltou um melhor aproveitamento no passe de ligação, foi onde o Palmeiras mais pecou, como num lance que Zé Rafael prendeu a bola e depois fez um passe lateral para Wesley, onde o certo seria fazer um passe em profundidade.

Para se ter uma maior noção do que foi a partida do Palmeiras diante do Athletico, somando todos os duelos realizados em 2022, foi onde a equipe mais finalizou (23), sendo 11 de dentro e 12 de fora da área, a que mais teve escanteios a favor (11×3), e disparado o jogo em que menos fez faltas, foram apenas quatro. Isso porque dominou o jogo, não necessariamente com muita troca de passes ou com ampla dominância na posse, mas pelo fato de ser eficiente na marcação e levar o adversário ao erro.

A única deve que Weverton fez foi numa cabeçada simples, ainda no primeiro tempo, sem nenhuma dificuldade. Santos, por outro lado, evitou o que seria um golaço de bicicleta de Rony e um arremate de perna direita do meia Raphael Veiga.

Não foi o jogo perfeito ofensivamente, mas pelo fato de ter dominado todo o jogo, com dois gols marcados, sem o goleiro precisar fazer nenhuma grande defesa, além dos números de mais finalizações e mais escanteios, que mostram o quanto a equipe esteve buscando o gol, confirma a melhor partida do Palmeiras no ano, com um gosto especial, com 30 mil torcedores acompanhando um título inédito, diante da 1ª final internacional no Allianz Parque.

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