O Palmeiras aumentou sua vantagem como maior campeão nacional e também o maior campeão do Campeonato Brasileiro e é necessário destrinchar o símbolo de cada um dos titulares para esta conquista, que fez deste elenco um grupo histórico mais uma vez.
Para começar, Gustavo Scarpa deve e merece ser eleito o craque do campeonato, foi o melhor jogador de 2022 (seguido por Veiga e Dudu). Regular em basicamente todos os momentos da temporada, pode-se dizer que seu último ano desta passagem pelo clube foi o melhor, por isso irá se transferir para a Premier League.
Seguindo agora por posição, Weverton foi sólido novamente durante toda temporada e munido, é verdade, de um excelente sistema defensivo. Porém, também operou grandes defesas quando acionado.
No miolo da zaga, a alma, o coração e a armadura do time foi Gustavo Gómez, o zagueiro paraguaio de nível de futebol europeu, cujo torcedor tem a sorte de chamar de capitão. O zagueiro foi um dos que mais atuou na temporada e no Brasileirão, tendo inclusive números de artilheiro no campeonato por pontos corridos, no puro suco de Abelismo. Ao lado de Gómez, Murilo ganhou no campo e na raça a titularidade, sendo a melhor contratação da temporada. O recém-chegado colocou no banco Luan, que há anos vinha fazendo história ao lado de Gustavo Gómez e, mesmo reserva, foi bem quando o Palestra precisou, em 2022.
Nas laterais, Piquerez absoluto, fazendo sua primeira temporada inteira desde sua chegada, titular incontestável na esquerda, deixando Jorge para trás e fazendo o torcedor não sentir falta de Matias Viña. Na direita, Marcos Rocha mostrou mais uma vez que não há preocupações com este setor no Palmeiras, ainda mais por uma das principais surpresas positivas da temporada: Mayke. O camisa 12 estava pedindo passagem no time titular por excelentes atuações quando entrava no lugar de Rocha, contudo o lateral veterano não “merecia” o banco. Por isso, Abel teve a ideia de escalar Mayke como ponta, ideia que foi extremamente efetiva.
Os volantes titulares, Zé Rafael e Danilo, se mantiveram desde a temporada passada e indiscutivelmente protegeram bem a defesa durante toda a temporada, mesmo com Danilo tendo seus altos e baixos.
Rony, o jogador que Abel não abre mão, por toda sua vontade e pelos gols decisivos. O centroavante também foi o autor dos gols mais bonitos da temporada, o Rei das Bikes, na Libertadores e contra o Fluminense, afastando qualquer mito ou “zika” da camisa 10 do Verdão.
Cucabol, Scolarismo, e Abelismo, tudo para tentar dar nome e taxar as grandes campanhas do Verdão nos últimos anos. Nestes três títulos da era dos pontos corridos, um homem apenas esteve presente em todos: Eduardo Pereira. Dudu, camisa 7, foi um ícone de cada um dos títulos, podendo ser considerado o melhor jogador do século atual e que terá ainda mais anos com a camisa palestrina, vendo gerações de promessas e de grandes esquadrões passarem pelo clube.
Ainda, a grande revelação da temporada, Endrick. O camisa 16 deixou a torcida na expectativa durante todo ano, e justificou toda a espera, sendo um dos melhores jogadores desta reta final desde que estreou.
Claro que o nome de Raphael Veiga não poderia faltar, não será esquecido só porque está lesionado. O camisa 23 vivia grande fase antes das lesões, inclusive com projeção de Seleção Brasileira, mas de toda forma, ajudou muito a equipe.
É fato que um título não se faz somente por 11 titulares junto aos que entram mais vezes, a campanha se faz com todos os jogadores que entraram, que compuseram o elenco e que estiveram no dia a dia, além é claro, da comissão técnica, que já é histórica no Palmeiras. O 11º título do Brasileirão veio com mais um grande esquadrão, com, na verdade, mais de 11 jogadores e de muitos símbolos.
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