Na última quinta-feira (15), o Palmeiras confirmou a venda de Endrick ao Real Madrid. Apesar de não revelar valores, informações dão conta de que a transação foi fechada por cerca de 72 milhões de euros, o equivalente a R$ 409 milhões.
A primeira parte do valor arrecadado com a venda de Endrick estará à disposição do Palmeiras já em janeiro, quando o clube vai receber cerca de 24,5 milhões de euros, cerca de R$ 138 milhões, dos 35 milhões de euros (R$ 198 milhões) fixos que serão pagos pelos merengues em duas parcelas. A segunda parcela está prevista para 2024, quando Endrick poderá se transferir para o Real Madrid.
Em entrevista ao GE, a presidente do Verdão, Leila Pereira, falou sobre os planos do clube para a receita gerada com a venda do atacante.
“Quando se vende atletas ou quando se recebe alguma premiação por questão de títulos tem o questionamento: “o que se faz com esse dinheiro”? O Palmeiras, como a grande maioria dos clubes de futebol no Brasil, não está nadando em mares tranquilos. Quando tomei posse recebi de gestões passadas muitos compromissos que precisam ser honrados. O Palmeiras honra todos os compromissos”, afirmou Leila Pereira.
“Esse dinheiro será para os compromissos que herdei de gestões passadas, para continuarmos em dia com o nosso elenco, que é um investimento alto. Quanto mais você ganha, mais caro fica o seu elenco. Esse valor também é para mantermos em dia nossos compromissos. Com responsabilidade, o Palmeiras sempre está no mercado em busca de atletas para se fortalecer cada vez mais. Sempre com participação do departamento de futebol, do treinador. Este ano não teremos muitas contratações, mas são investimentos que estamos atentos para fazer”, completou a mandatária.
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Sempre que entra dinheiro em caixa, os torcedores do Palmeiras se perguntam se o valor será usado para abater na dívida do clube com a Crefisa, principal patrocinadora do Verdão. A partir de janeiro, esta possibilidade será discutida no Verdão.
“Não estudamos ainda (a possibilidade) na entrada dessas receitas. Pode ser pensado em colaborar para quitar uma parte dessa dívida sem prejudicar o andamento do dia a dia do Palmeiras”, disse Leira Pereira.
Outro assunto muito abordado pelo torcedor é sobre novas saídas de jogadores nesta janela de transferência. Mesmo com a grande receita gerada pela negociação de Endrick, outras saídas não estão descartadas. Nos bastidores do Palmeiras, o entendimento é que é necessário gerar receita com vendas de atletas, mas mantendo a base titular do elenco.
“Pode ter novas vendas, sim. Nós somos extremamente organizados e sei exatamente quanto precisamos para o ano de 2023, e precisamos sim de mais receitas para cobrir todas as nossas despesas. Mas sem dúvida nenhuma que a venda do Endrick dá um alívio muito grande durante muitos meses do ano que vem”, explicou a presidente do clube.
“Eu não vou abrir mão de jogadores importantes para o nosso elenco. Nossa prioridade sempre é a conquista de títulos, mas precisamos de novas receitas. As principais receitas de um clube de futebol são venda de atleta, patrocinador, conquista de títulos, sócios-torcedores… Então mês a mês vamos fazer as nossas contas para honrar os compromissos”, finalizou Leila Pereira.
Atualmente, o lateral Jorge e os atacantes Wesley e Breno Lopes são exemplos de jogadores que receberam sondagens de clubes brasileiros e podem deixar o clube em 2023.
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