A Libra (Liga do Futebol Brasileiro), grupo que o Palmeiras faz parte, oficializou e divulgou os novos critérios para os cálculos da divisão das receitas de TV entre as equipes. O bloco tem a intenção de criar uma liga de clubes para organizar o Campeonato Brasileiro a partir de 2025.
O novo modelo de divisão prevê 45% do total das receitas distribuídas igualmente, 30% de acordo com performance esportiva e outros 30% por audiência. Esse modelo seria válido por cinco anos ou até se atingir o valor de R$ 4 bilhões de receita total da Liga. A partir daí, passaria a vigorar o modelo definitivo, sendo 45% de forma igualitária, 30% por performance e 25% por audiência.
A título de comparação, hoje, a distribuição é feita sendo 29,7% igual para as equipes, 22,2% de acordo com performance e 48,1% com base em audiência.
A Libra fez uma simulação de quanto cada clube ganharia no novo modelo e, de acordo com os dados, o Palmeiras receberia R$ 294,6 milhões, atrás de São Paulo (R$ 305,1 milhões), Corinthians (R$ 354,8 milhões) e Flamengo (R$ 398,2 milhões). É preciso ressaltar que a simulação foi feita a partir do cenário mais extremo, considerando R$ 4,25 bilhões de receitas. Segundo a Libra, a “simulação captura o cenário mais distante possível entre primeiro e último colocados”.
LEIA MAIS > Palmeiras tem prazo para retorno de cinco jogadores
Proteção a Flamengo e Corinthians
Uma das novidades trazidas pela proposta da Libra é a “cláusula de estabilidade”, que beneficia, principalmente, Flamengo e Corinthians, clubes com maiores arrecadações com rendas de TV no modelo que privilegia a audiência.
De acordo com a Libra, a cláusula da estabilidade é necessária para que haja a “transição do modelo atual para o futuro sem que qualquer clube tenha queda de receita em benefício dos demais”. Para o grupo, o objetivo é “resguardar os clubes que fazem a maior concessão na formação da Liga”, sendo eles Flamengo e Corinthians.
A estabilidade de transição duraria nos primeiros cinco anos da liga (2025, 2026, 2027, 2028 e 2029) e levaria em conta os valores absolutos da temporada 2022, corrigidos pelo IPCA. Assim, dois cenários seriam possíveis:
- Receita da Série A menor ou igual à temporada 2022: Flamengo e Corinthians manterão o percentual de receitas auferido naquela temporada (em números absolutos, a receita de cada um pode ser inferior à temporada de 2022, sem transferir risco para qualquer outro clube).
- Receita da Série A supera a temporada de 2022: Flamengo e Corinthians terão receita ao menos equivalente (em números absolutos) a auferida naquele ano. Neste cenário, os demais clubes capturam em maior proporção o crescimento inicial de receitas da Liga.
Hoje, a Libra reúne 18 clubes, sendo eles: Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória.
O grupo tem oposição da Liga Forte Futebol (LFF), que possui 26 times: ABC, Athletico-PR, Atlético-MG, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sport, Tombense e Vila Nova.
A principal divergência entre os dois grupos é justamente quanto a divisão de receitas. Os clubes da Libra e da LFF seguem se reunindo com o intuito de chegarem a um acordo.
LEIA MAIS > Palmeiras entra na briga com Flamengo por reforço de R$ 31 milhões
PARTICIPE E SIGA O PALMEIRAS ONLINE NOS CANAIS E REDES SOCIAIS
+ Canal do Palmeiras Online no WHATSAPP
+ Siga no Facebook
+ Instagram
+ Twitter
+ Inscreva-se no Youtube
+ Podcast
+ Canal do Telegram