A maior torcida organizada do Palmeiras, Mancha Alviverde, publicou um comunicado oficial em suas redes sociais em protesto aos valores de ingressos para as partidas em que o Alviverde é mandante.
Na nota, a Mancha Alviverde cobrou diretamente a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, que prometeu durante sua candidatura ingressos com valores mais baixos. Nesta sexta-feira (23), o Alviverde divulgou informações sobre a venda de ingressos para a partida contra o Bolívar, no Allianz Parque, pela Libertadores, com valores de R$ 180 a R$ 360.
A Mancha Alviverde questionou também sobre o patrocínio da Crefisa ao Palmeiras, que, segundo a publicação, não é reajustado desde 2019. “A camisa do Palmeiras hoje vale muito mais do que em 2019, concorda?”, indagou a torcida organizada na nota, que ressaltou ainda o reajuste da inflação no período.
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Veja a nota na íntegra
“SÓ O TORCEDOR PAGA A CONTA? E A CREFISA?
A candidata Leila Pereira prometeu um “Palmeiras de todos”, com ingressos mais baratos. Já é sabido que honrar a palavra empenhada não é o seu forte, mas o que vem acontecendo em jogos recentes, com o Gol Norte a R$ 180, mostra que a presidente do clube parece estar desconectada da realidade que a cerca.
Já conhecemos a frágil justificativa que virá da mandatária: “É preciso aumentar as receitas para manter um time forte”.
Pois vamos assumir como verdadeiro o discurso para devolver a pergunta: se é preciso aumentar as receitas, por que o valor investido pela Crefisa no clube não é reajustado desde 2019? O time venceu duas Libertadores no período, disputou dois Mundiais e já tem vaga garantida em outro, além de bater recordes de audiência na TV e ter jogadores na seleção. A camisa do Palmeiras hoje vale muito mais do que em 2019, concorda?
Isso sem contar que a inflação de quase 30% não foi repassada ao clube – o que seria o básico em uma relação comercial.
Sim, o patrocínio da Crefisa é importante, mas, sem o repasse da inflação, tem tido um peso cada vez menor na composição das receitas. Isso contrasta com a alta descontrolada no preço dos ingressos.
Ao que parece, a estratégia de Leila Pereira é aumentar o faturamento do clube esfolando o bolso do torcedor, sem a contrapartida da Crefisa.
E assim é porque Leila Pereira, a CEO da Crefisa, tem o aval de Leila Pereira, a presidente do Palmeiras, para não revisar o contrato – que, vale registrar, não é conhecido nem pelos conselheiros do clube. Por que tanto mistério, Leila?
E qual é o limite da exploração da paixão palmeirense? Se temos de pagar R$ 180 por um ingresso de uma rodada inicial do Brasileiro, o que vai acontecer em uma partida decisiva de Libertadores?
Leila, o palmeirense topa pagar a conta do ingresso se você concordar em reajustar o contrato da Crefisa com o Palmeiras nos mesmos termos. E aí, aceita? Ou só o torcedor vai pagar a conta?
Diretoria Mancha Alvi Verde“
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