A CBF divulgou nesta terça-feira (11) os áudios do VAR durante a análise do lance envolvendo Richard Ríos e Everton Ribeiro, na partida entre Palmeiras e Flamengo, no último final de semana, pelo Campeonato Brasileiro.
Os flamenguistas reclamaram de um possível pênalti, que não foi marcado pela arbitragem de campo e nem recomendada a revisão pelo VAR. No lance, Everton Ribeiro cai após dividida com Richard Ríos e, para o árbitro Ramon Abatti Abel, o braço de Ríos não teve força suficiente para derrubar o adversário e culminar na marcação do pênalti.
“Contato mínimo e ele (Everton Ribeiro) se joga”, afirma Ramon Abatti Abel.
“Para mim, não tem impacto nas costas dele. Tem contato, mas não tem impacto suficiente para derrubar ele. Ele segura a passada e se joga. O impacto é mínimo”, completou.
Os áudios foram divulgados durante a análise da jogada feita por Wilson Seneme, chefe da comissão de arbitragem, no programa Papo de Arbitragem. Após a fala do árbitro, é possível ouvir o VAR Rodolpho Toski Marques perguntando o conceito de Ramon Abatti Abel sobre o lance, que fala ainda que Everton Ribeiro “retardou o passo” para sofrer o contato de Ríos. Assim, o VAR finaliza a checagem e não sugere revisão na beira de campo.
Apesar de concordar com a decisão do VAR de não intervir, já que o lance era interpretativo, Seneme discordou da marcação de campo.
“Nem todo ombro nas costas é falta. Mas a partir do momento que coloco ombro nas costas eu tenho que avaliar se o contato é suficiente para derrubar o jogador. Para os árbitros, não foi suficiente. É muito claro isso na narrativa do árbitro de campo que viu o lance e interpretou. Estamos falando de uma jogada muito fina. Nós no departamento de arbitragem somos 11 instrutores técnicos e ficou absolutamente dividida. Isso demonstra o grau de dificuldade. Na nossa visão de maneira geral, o contato por ter sido nas costas nós vemos, sim, um potencial de infração para essa jogada”, afirmou.
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