O lado da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, o diretor de futebol, Anderson Barros, é o principal alvo de protestos e questionamentos da torcida do clube. Um dos principais pedidos dos torcedores palmeirenses é a saída de Barros, intensificada pela falta de sucesso na contratação de reforços em 2023.
Em entrevista coletiva na Academia de Futebol, Leila saiu em defesa de Barros e confirmou a permanência do diretor de futebol até o fim de seu mandato.
“Ele no Palmeiras conquistou somente nove títulos, sendo duas Libertadores. É responsável direto pela contratação do maior treinador de futebol do São Paulo. Do São Paulo não, do Palmeiras. Não tenho dúvidas que é um profissional que qualquer clube gostaria de tê-lo. É uma pessoa equilibrada, correta, respeitosa, que eu tenho profundo orgulho de ter ao meu lado. Enquanto eu estiver aqui, o Anderson Barros será meu grande parceiro“, disse Leila.
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Contratações
A falta de contratações em 2023 é um dos maiores questionamentos da torcida do Palmeiras. Neste ano, o clube trouxe apenas dois reforços para o elenco de Abel Ferreira, Artur, do Bragantino, e Richard Ríos, do Guarani.
“Em 2023, tivemos um pouco mais de cuidado, por responsabilidade financeira. Eu não vou sobrecarregar o Palmeiras financeiramente para dar satisfação a jornalistas, com todo respeito que tenho a vocês, alguns torcedores. Quem paga essa contratação é o clube e eu não posso sobrecarregar o clube acima do que é possível pagar. Eu penso o Palmeira a longo prazo. Quero que o Palmeiras continue sendo protagonista sempre”, disse Leila.
“Nós temos dificuldades de trazer atletas para o Brasil, os atletas não querem vir, e os meus atletas querem sair do Brasil. Não vou contratar atleta aposentado em atividade. Se não é aquele atleta que vá suprir as necessidades do nosso treinador, eu prefiro não trazer, prefiro dar espaço a nossa base, que é a melhor do Brasil, prefiro priorizar as renovações. Tivemos propostas para que vários atletas saíssem e consegui que eles ficassem. Como? Melhorando as condições financeiras desses atletas. Minha prioridade sempre é manter os nossos atletas, que estão trabalhando há bastante tempo conosco, tem ligação com o Palmeiras”, prosseguiu.
“No meio do ano tentamos sim, mas os atletas que foram escolhidos pela nossa comissão técnica não quiseram vir jogar no Brasil. É muito difícil morar aqui, a insegurança do nosso país, dos nossos clubes, causam verdadeira repulsa. O próprio Abel na última coletiva dele falou isso, que tivemos que liberar alguns atletas no meio do ano por causa disso. Eu entro nas negociações quando não está andando na velocidade que eu penso, eu mesmo ligo, falo com o atleta, falo com o empresário, e essa é a dificuldade que nós temos”, finalizou Leila.
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