Não é novidade que a base do Palmeiras é uma das mais prósperas dentro do futebol brasileiro, acumulando inúmeros títulos e, claro, revelando nomes que podem despontar futuramente, seja aqui ou na Europa. Assim, João Paulo Sampaio, principal responsável pelo ótimo trabalho, cedeu uma entrevista para o Mundo Deportivo, jornal espanhol, revelando um pouco dos seus métodos.
Na conversa, o Coordenador da Base afirmou que promove aos jovens palmeirenses algo muito além do futebol de campo. Segundo ele, os atletas treinam uma vez por semana em campos de terra. Curiosamente, apesar dos métodos pouco convencionais, as últimas conquistas mostram que a fórmula está dando resultado.
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“Uma vez por semana, as crianças de 10 a 15 anos treinam no campo de terra. Os treinadores ficam à margem e são eles que fazem os times e naquele dia é sobre eles driblarem, ousar fazer coisas diferentes. Ali, eles devem jogar como jogam na rua”, começou Sampaio.
“Agora, as crianças, entre a insegurança nas ruas e os telefones e o videogame, não costumam brincar nas ruas, nem os pais brincam com elas lá, e essa faceta do jogador brasileiro estava se perdendo, então decidimos que jogariam como na rua, mas aqui, no CT”, acrescentou o coordenador de base do Palmeiras.
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Coordenador do Palmeiras fala sobre a necessidade de conscientizar os atletas mais jovens
De modo resumido, a ideia de João Paulo Sampaio é formar atletas que saibam improvisar em campo e que consigam driblar, resgatando a essência do futebol brasileiro. No entanto, as coisas não param por aí.
Segundo ele, é comum ver crianças e adolescentes do Palmeiras atuando em campos de barro ou indo até às favelas de São Paulo para jogarem futebol de rua. Dessa forma, o Verdão tenta conscientizar os jovens e também fica de olho em novos talentos que estão presentes nas comunidades.
“Esse projeto já dura seis anos. Consiste em que todos os dias um time do Palmeiras, de 10 a 15 anos, vá treinar nas favelas. É para passar a bola. Tem também uma componente social, para sensibilizar as crianças para as necessidades dos outros como elas, e também nos ajuda a descobrir novos talentos na rua”, finalizou Sampaio.
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