Endrick, joia do Palmeiras e considerado uma das maiores revelações do futebol brasileiro, revelou já ter sofrido com algo inaceitável no futebol e na vida: o racismo. No dia voltado para reflexão e luta da população negra do Brasil, o Dia da Consciência Nega (20 de novembro), o atacante falou sobre o assunto em entrevista ao GE.
O atacante revelou que foi vítima de preconceito racial ainda na infância, durante uma partida de futebol, em Brasília.
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“Racismo é uma coisa forte. É difícil para nós falarmos. É triste ver isso. Eu sofri, sim, quando tinha 9 anos, em Brasília. Minha tia foi na Polícia, fez boletim (de ocorrência) e não deu em nada”, disse Endrick ao GE.
“Era 1 a 1, um jogo em Brasília, eu fiz o gol da virada e fui comemorar. Os pais dos garotos do outro time, acho que subiu raiva no coração deles, começaram a me chamar de macaco, fazer gestos obscenos. De pequeno, eu não sabia. Minha tia foi na polícia, fez o boletim de ocorrência, mas não deu em nada. Quando fiquei sabendo, deixei nas mãos de Deus. As pessoas que fazem isso com Vini ou que fazem na Libertadores, que acontece bastante também, Deus vai pesar a mão, fazer o que for preciso para essas pessoas melhorarem ou vai acontecer algo pior quando Ele voltar”, contou.
Endrick, ainda com 17 anos, chama atenção pela maturidade dentro e fora de campo. Embora lamente e condene, o jovem afirma que não se afeta com esse tipo de atitude.
“Não vou me abalar com isso, vou seguir de cabeça erguida. Se eles fizerem, eles vão ficar bravos porque eu não vou me irritar, vou ficar tranquilo”, disse.
Já vendido ao Real Madrid, Endrick é o nome da arrancada do Palmeiras no Campeonato Brasileiro. Após recuperar a titularidade no ataque do time, o camisa 9 vem acumulando boas atuações, que lhe renderam a primeira convocação pela Seleção Brasileira principal.
O jogador fica no Palmeiras até julho de 2024, quando completará 18 anos e poderá atuar no futebol europeu. Neste ano, o jovem atuou em 49 partidas, com 12 gols marcados. Ao todo, pelo profissional, o atacante soma 56 jogos, com 15 gols e duas assistências.
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