Mesmo com os R$ 153 milhões que emprestou ao clube até o fim de outubro, primeira gestão do presidente apresenta até agora um déficit de R$ 40 milhões.

Paulo Nobre, presidente do Palmeiras.

Passada a batalha com Wlademir Pescarmona, o “novo presidente” tem uma série de problemas para o biênio de 2015 e 2016.

Na última quinta-feira, o Conselho de Organização e Fiscalização (COF) do clube aprovou por unanimidade as contas de outubro. Foram R$ 4 milhões de déficit no mês, chegando a R$ 20 milhões negativos em 2014. Contando o primeiro ano da gestão de Paulo Nobre, o déficit gira em torno de R$ 40 milhões.

Para tentar contornar isso, o dirigente realizou constantes empréstimos ao clube. Em outubro, mais R$ 4 milhões, R$ 153 milhões no total. Uma das principais medidas para amenizar os problemas financeiros está no acerto de um patrocinador master, algo que o presidente não conseguiu nos primeiros dois anos.

Sua diretoria, também, foi motivo de críticas. José Carlos Brunoro, diretor-executivo, e Marcelo Giannubilo, diretor de marketing, foram contratados em 2013, mas não apresentaram bons resultados – o último já saiu. Novas mudanças serão feitas para o início desta nova gestão.

– Vamos reunir nossa cúpula para poder tomar todas estas decisões. Mas antes do fim do campeonato nada será feito – explicou Nobre.

O time, também, será mudado. Dez jogadores têm contratos até o fim do ano, e só Henrique possui negociação avançada para permanecer (resta encontrar um investidor para comprá-lo, por R$ 6 milhões). O plano é enxugar o grupo, e contratar menos, porém opções de qualidade.

Aliados do presidente estão confiantes de que haverá uma mudança na mentalidade da próxima diretoria, especialmente no trato com o time. O fraco elenco fez com que o Palmeiras brigasse até a última rodada para não cair no centenário. A partir de 2015, Nobre se afastará do futebol, e além de um executivo, terá outro dirigente cuidando da equipe.

Na parte financeira, o presidente aposta em um futuro melhor, pois a partir de abril poderá usar 90% da receita à disposição – os outros 10% irão para o fundo que pagará R$ 103,4 milhões colocados por ele (os outros R$ 50 milhões vieram após a aprovação do plano, no Conselho do clube).

Embora diga que o Palmeiras está melhor do que quando assumiu, o presidente terá trabalho.

A DIRETORIA DA NOVA GESTÃO:

Vices-presidentes
São os mesmos da primeira gestão. Maurício Galiotte é o primeiro vice, e braço direito de Nobre, Genaro Marino, o segundo, Antonino Jesse Ribeiro, o terceiro, e Victor Fruges, o quarto.

Vices ou diretor de futebol?
Maurício Galiotte ganhou espaço no fim da gestão, e tem chances de virar o vice de futebol. Caso não o desloque para a pasta, Nobre colocará um diretor estatutário no futebol. Um executivo virá, também.

Diretor-executivo
José Carlos Brunoro foi o escolhido, e deveria cuidar do clube de forma geral, mas direcionou os trabalhos ao futebol. Recebeu muitas críticas pela montagem do elenco, e perdeu espaço. Tem contrato até o fim do ano, e será um dos primeiros a sair. Rodrigo Caetano, do Vasco, é uma das opções que agrada para a vaga.

Diretor de marketing
Giannubilo ficou 18 meses, e era constantemente questionado por não conseguir um patrocínio master no período. Saiu a 22 dias do centenário, e Brunoro acumula a função até o fim do ano. Um novo contratado deve chegar.

Gerência de futebol
Omar Feitosa não agrada nem a jogadores nem a pessoas dentro do Palmeiras. Outro sob risco

Fonte: Lance!