Triste e irritado, Guerra revela insatisfação no Palmeiras e ataca dirigentes

Alejandro Guerra foi contratado junto ao Atlético Nacional, da Colômbia, e chegou como uma das grandes esperanças do Palmeiras ao lado de Miguel Borja em 2017. Nem um e nem outro alcançou o sucesso. Borja foi emprestado ao Junior Barranquilla, mas o venezuelano seguiu no Brasil.

Guerra foi emprestado ao Bahia em junho de 2019 e retornou em dezembro. Ouviu da diretoria que Vanderlei Luxemburgo não teria interesse em mantê-lo e as portas para a saída foram abertas. Treinou separadamente do grupo e viu a pandemia do novo coronavírus destruir qualquer possibilidade de negócio com outro clube.

Em entrevista para um podcast, o atleta revelou severa insatisfação com dirigentes do Alviverde.

“Estava treinando à parte, em outro horário. Isso não se faz com ninguém, é uma falta de respeito, em todos os sentidos da palavra. Se a equipe treina de manhã, eu treino à tarde. Se a equipe treina à tarde, eu treino de manhã,” disse.

“É uma falta de respeito comigo. Ninguém merece isso. Isso me deixa triste, me faz não confiar no meu potencial, no meu futebol. O que me dá forças é ficar com minha família em casa,” revelou Guerra.

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Na mesma conversa, Guerra revelou momento que abandonou a seleção da Venezuela para ficar no Palmeiras e jogar. Mas não entrou em campo.

“Chamei o diretor de futebol. “Vocês disseram que me querem e não me colocam para jogar. Parece uma falta de respeito de vocês. Sabem que não vou viajar com minha seleção”. Pediram calma, que eu estava com raiva. Fiz o sacrifício de não ir à seleção, depois tive lesões. Mas que atleta profissional não se lesiona?,” falou.

Guerra continua no Palmeiras ou será negociado?

Com contrato até final de 2020, Guerra não sabe o que será do seu futuro. Com o futebol parado praticamente no mundo inteiro, nenhuma conversa está em andamento.

“Sim, claro que sim, já manifestei a eles (que quero sair). Lamentavelmente, teve a pandemia e terminaram as possibilidades. Mas manifestei que tenho desejo de sair. Eu quero negociar, mas se não jogo, é muito difícil negociar. É muito difícil negociar um jogador que não está sendo relacionado,” finalizou.