Com a derrota para o rival Corinthians nesta quarta-feira, 22, o Palmeiras chegou ao segundo revés no ano, ambas pelo Campeonato Paulista. Este foi o terceiro clássico de Luxemburgo onde a equipe não marcou nenhum gol.
Na segunda rodada um 0 x 0 contra o São Paulo, depois um novo empate sem gols contra o Santos, em um jogo bem aberto, por fim, o 1 x 0 para o Corinthians. Pode-se dizer que, em todos os jogos o Palmeiras esteve melhor em campo, com as melhores chances, mas, como sempre, faltou ser mais eficiente.
Na teoria, a escalação inicial foi boa. Na prática nem tanto. Zé Rafael, que poderia dar mais equilíbrio ao meio campo na parte defensiva, não correspondeu as expectativas. E o camisa 8, que não tem características de bom cabeceador, estava próximo de Gil, onde saiu o gol alvinegro.
+ Palmeiras, um time sem DNA de vencedor
É até algo a se questionar, o por que um jogador como Vitor Hugo ou Felipe Melo não estavam marcando o zagueiro adversário, ou não se lembram do gol de Manuel no ano passado? Nos últimos anos o Palmeiras sempre sofre gols em bolas paradas para o rival, seja com Danilo, Vagner Love, Jô, Danilo Avelar, Manuel… Porém, nada muda.
Certamente, o jogo seria outro se a bola de Willian entrasse, logo aos 2 minutos, mas bateu na trave. Então, novamente o mesmo problema de sempre, SAIR ATRÁS DO PLACAR. Além da falta de eficiência no ataque, há muito tempo, desde a última passagem de Felipão o time se mostra muito abatido ao sofrer o 1 x 0…
Já no segundo tempo, com algumas alterações, a equipe voltou melhor. Também é verdade que o Corinthians não se impôs muito, em boa parte administrando o resultado.
Rony, até mais pressionado, esteve longe de fazer uma boa partida, sequer conseguiu fazer uma boa jogada sobre Fagner… Ainda é cedo, mas o camisa 11 precisa mostrar mais, e nem sempre procurar uma jogada individual.
Foram 15 finalizações nos últimos 45 minutos, sete no alvo, o Palmeiras buscou, mas ainda falta eficiência, equilíbrio e mais vontade, mostrar um algo a mais.
Assim como teve Patrick de Paula em campo, que fez uma ótima partida, roubando bola, brigando, finalizando de fora da área, surpreendente. Gabriel Menino, outro garoto da base, entrou no lugar de Mayke e também deixou mais uma boa impressão.
Wesley ‘entrou num fria’, mas mostra que pode ganhar mais oportunidades, e teve a bola do empate, nos últimos minutos, ficou no quase. Angulo vem ai, pode ser uma novidade interessante, mais um jogador jovem, veloz e ‘da base’.
Por fim, vale ressaltar que nem tudo foi em vão, não aparenta que este time está ‘no caminha certo’, com Luxemburgo disse, afinal, time que não marca em jogos grandes, como os clássicos, sendo dois como mandante, vai ganhar o que?
Para escolher o melhor palmeirense no jogo, ficaria entre Felipe Melo, Vitor Hugo e Patrick, com menção honrosa para Luiz Adriano. Mas o ‘pitbull’ e capitão do Verdão fez mais uma boa atuação, preciso nos botes, disputas aéreas, lançamentos longos e liderança. Uma baita sacada de Luxemburgo.
Mas e Ramires e Gustavo Scarpa, professor? O primeiro recebe um alto salário para não ir a campo em um jogo importante como este? Scarpa foi o segundo jogador mais influente em gols e assistências, atrás somente de Dudu em 2019, e sempre está atrás de Veiga e Lucas Lima nas escolhas…
A ‘dududependência’ está longe de ter um fim. Os lançamentos diretos para Rony foram muitos, como sempre foram para Dudu, “resolve ai”.
E neste momento, mais que antes, é preciso saber jogar coletivamente. Principalmente se organizar taticamente, trocar mais passes, mas chegar a área do adversário e ter eficiência, afinal, o que ganha jogo é bola na rede.
Contudo, que fique bem claro, perder qualquer jogo é ruim, um clássico para o maior rival ainda mais, mas se for para perder algum jogo o momento é esse, lá na frente terá outras consequências.
Notas: Weverton (7); Mayke (6), Felipe Melo (8,5), Vitor Hugo (7,5), Matías Vinã (S/N); Patrick (8), Bruno Henrique (6,5), Zé Rafael (5); Rony (4,5), Willian (6,5), Luiz Adriano (7,0) – Diogo Barbosa (6), Lucas Lima (6), Veiga (5,5), Gabriel Menino (6,5), Wesley (S/N).
