FutebolBruno Henrique foi oferecido ao Palmeiras antes de ir para o Flamengo,...

Bruno Henrique foi oferecido ao Palmeiras antes de ir para o Flamengo, revela Mattos

PARTICIPE DO CANAL PALMEIRAS ONLINE NO WHATSAPP

Alexandre Mattos trabalhou no Palmeiras de 2015 até 2019. Trouxe dezenas de reforços e participou ativamente da reestruturação do clube, que havia subido para a Série A do Campeonato Brasileiro em 2013 e passou o ano do centenário sem títulos.

Em entrevista concedida nesta terça, Mattos revelou que Bruno Henrique, atual atacante do Flamengo, foi oferecido ao Palmeiras. O Alviverde preferiu buscar Carlos Eduardo e acabou pagando mais caro: US$ 6,5 milhões (cerca de R$ 25,2 milhões à época).

“Bruno Henrique nunca participou de pedido técnico do Palmeiras e nem de treinador nenhum. Todo mundo achava que ele tinha problema no olho. O próprio Santos vendeu ele pelo mesmo preço ou um pouco menos que comprou porque achou que ele não iria jogar. O Palmeiras nunca ligou”, disse.

“O presidente Maurício Galiotte, em uma reunião com presidentes, o presidente do Santos [à época José Carlos Peres] chamou ele no canto e falou ‘Maurício, você é rico. Me ajuda. O Flamengo esta aliciando o Bruno Henrique. Eu não quero vender ele para o Flamengo. Para o Palmeiras, é difícil porque é rival, mas te vendo por 10 milhões de euros e mais o Raphael Veiga’. O Maurício me ligou. Eu disse ‘Maurício, vão prender todo mundo aqui [se o Bruno Henrique for contratado]. Nós não sabemos como ele está’. Alguém aqui imaginada que o Bruno Henrique iria ser o Bruno Henrique? São coisas do futebol”, adicionou.

Por que o Palmeiras trouxe Carlos Eduardo?

Os jogadores Carlos Eduardo e Victor Luis (D), da SE Palmeiras, durante treinamento, na Academia de Futebol.
Os jogadores Carlos Eduardo e Victor Luis (D), da SE Palmeiras, durante treinamento, na Academia de Futebol.

Após vender Keno, Mattos confirmou a chegada de Carlos Eduardo junto ao Pyramids, do Egito. Segundo o executivo, foi Felipão e Paulo Turra que aprovaram o nome na época. A contratação foi muito contestada pela torcida e não se provou em campo.

“Como que o Palmeiras chegou no Carlos Eduardo: a gente vendeu o Keno, e não tinha como não vender. Eram 10 milhões de dólares e o Keno pediu para sair. Tem hora que não tem jeito. O presidente já havia falado que se pagassem 8 milhões de dólares, era para vender. Nós vendemos o Keno. Um dia depois, eu contratei o Rony. Eu liguei para o empresário dele, ele foi lá na Academia de Futebol, [o Rony] fez exames médicos, assinou pré-contrato e estava tudo certo. O departamento jurídico falou ‘Alexandre, do jeito que esse cara quer trazer, é impossível’. Tanto que o Athletico Paranaense foi punido. Eu liguei para o Japão, cheguei a fazer um acordo com os japoneses para comprar o Rony por 1,8 milhão de dólares. O empresário dele falou ‘se vocês derem um centavo para os japoneses, nós estamos fora porque esses caras são isso, são aqui, falsificaram assinatura’. E a ali caiu [a contratação] do Rony. Ficamos com a vaga aberta. Veio o Felipão, o Willian [Bigode] encaixou ali na posição e deu certo, mas ele rompeu os ligamentos no último jogo do Brasileiro de 2018 e a partir daí o Palmeiras de não só mais um, mas de dois [atacantes de lado]”, disse.

“O Felipão falou o seguinte ‘eu quero dois extremos’. Ali começamos ‘caro demais’, ‘caro demais’ e ‘caro demais’. O pessoal de análise de desempenho chamou o Felipão e o Paulo Turra ‘nós achamos esse aqui’. Oito pessoas viram o Carlos Eduardo. O Felipão viu, aprovou. Paulo Turra aprovou, e falou comigo ‘Alexandre, dos [nomes] que temos aqui, é o Carlos Eduardo’. Ah e o Felipe Pires? O Paulo Turra viu e aprovou”, finalizou.

O Palmeiras vendeu Carlos Eduardo para o Athletico Paranaense e recuperou parte do dinheiro que gastou na contratação.

+ Palmeiras