O Palmeiras repetiu o mesmo cenário contra o Independiente del Valle atuando fora de casa na partida desta quarta-feira contra a Universidad Católica, em jogo válido pelas oitavas de final da Libertadores.
O time escalado pelo técnico Abel Ferreira não teve nenhuma novidade em campo, jogando de forma reativa, buscando profundidade e, desta vez, contava com os desvios de Deyverson, como era o próprio atacante com Cuca e Felipão. Jogando na Venezuela, contra o Del Valle, o Verdão jogou ainda menos com a bola, naquela ocasião, terminou o jogo com 28% de posse. Já contra a Católica, controlou “melhor” em determinado momento, embora tenha feito mais um jogo arriscado.
Contra o Del Valle foram apenas cinco finalizações e 254 passes trocados. Na noite dessa quarta, foram 320 passes e os mesmos cinco chutes em direção ao gol. Coincidentemente, em um dia não muito criativo dos jogadores em campo, a oportunidade surgiu com um pênalti a favor. E mais uma vez Raphael Veiga chamou a responsabilidade e converteu a cobrança.
A partir dai, o Palmeiras esteve mais longe de buscar o gol. A única chance de aumentar a vantagem foi com Wesley, numa jogada individual, finalizando de perna esquerda para a defesa de Wellington Ramírez.
Assim como foi o jogo contra o Del Valle e um futebol fraco tecnicamente, o resultado contra a Universidad Católica, com o 1 a 0 e com gol de Veiga cobrando pênalti, é ainda mais importante. Há dois lados nessa história. O estilo de jogo tem “dado certo”, basta ver o alto aproveitamento da equipe jogando como visitante na Libertadores, como por exemplo, venceu todos os jogos nessa temporada longe do Allianz Parque, a equipe parece ainda mais copeira, certo do que fazer.
Mas ao mesmo tempo é arriscado e pouco para um time que pode e deve jogar mais. Quando o Palmeiras não obteve os bons resultados ainda sob o comando de Felipão houve um tempo expressivo para que a equipe voltasse a jogar um bom futebol. O preço que se pega “resultadismo” é caro, e o Palmeiras não pode seguir assim. Tem que jogar mais.
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