Jogador de futebol ganha muito bem, mas precisa representar dentro de campo. Diferente das outras profissões, a cobrança, claro, é maior. O torcedor é passional e movido pelo sentimento. Não quer que seu clube seja prejudicado por nada. Multiplica-se por dez quando se trata da torcida do Palmeiras.

Lembro que em 2010, após ser substituído por Paulo Henrique, o meia Diego Souza (sim, meia que hoje está no Grêmio) fez gestos obscenos para a torcida que estava atrás do banco de reservas do antigo Palestra Itália. Claro que sua permanência não durou muito. E além disso se queimou e perdeu a chance de evoluir na Academia de Futebol.

Xingar e debater com o torcedor não são atitudes inteligentes. Primeiro que o torcedor paga ingresso, paga suas obrigações e quer ver atitude em campo. Quantas e quantas vezes tivemos atletas mais ou menos, mas que nunca deixaram de dar seu suor no gramado? Cristaldo…lembra dele? O argentino era longe de ser um grande atacante, mas sempre quando entrava brigava pela bola e buscava seu espaço.

A temporada 2020 de Luiz Adriano foi excepcional. Fez o gol que levou a decisão do Paulista para as penalidades e fez grandes jogos. Em janeiro fez outro grande jogo diante do River Plate e ajudou demais a equipe na caminhada rumo ao título da Libertadores. E participou da campanha de quatro títulos no Palmeiras.

Mas as coisas não continuaram da mesma forma. E quando foi cobrado, o jogador debateu e xingou um torcedor. Depois foi irônico. Depois bateu palma mesmo sendo vaiado. Parece que estava querendo dar resposta negativa dentro de campo para provocar. E assim termina a média passagem dele por aqui.

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Uma pena. Tem potencial, tem capacidade e se encaixa bem no esquema. Mas acompanhamos mais um caso de falta de inteligência emocional e controle no futebol.

Com a vaga deixada, Rony assume a camisa 10 e Dudu volta a ter a vestimenta número 7.

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