Leila Pereira sem dúvida é muito conhecida por todo o seu relacionamento com o Palmeiras.
A atual presidente do Verdão, se tornou uma pessoa diretamente ligada ao clube. Ligação essa que foi aumentando a cada ano, desde o início da parceria de patrocínio entre Crefisa e Palmeiras.
Por conta de toda essa exposição seja da Leila como pessoa física ou como pessoa jurídica, por meio das empresas Crefisa e FAM, criou-se uma grande expectativa por parte da torcida do Palmeiras com relação a sua gestão à frente do clube.
Eleita presidente no final de 2021, Leila não teve sequer adversário para disputar as eleições ao cargo maio da Sociedade Esportiva Palmeiras.
Isso só aumentou ainda mais a sensação de uma administração ainda mais vitoriosa do que a do seu antecessor, Maurício Galiotte, que encerrou seu mandato com a conquista do bicampeonato da Libertadores da América, o terceiro na história do Palmeiras.
Logo nos primeiros dias, Leila tinha total apoio de todos e não haviam dúvidas de que ela fariam um excelente trabalho.
Talvez por isso criou-se uma expectativa muito maior do que se poderia imaginar.
Aliado a todos esses pontos, as declarações da então conselheira Leila Pereira durante a campanha para a presidência do clube, aumentaram ainda mais o “sarrafo” do seu mandato como a primeira mulher presidente na história do Palmeiras.
O que aconteceu logo no primeiro mês foi o choque de realidade tanto para Leila como para toda a torcida palmeirense.
Esse acho que foi o grande ponto no início da gestão da Leila, porque nem tudo que ela planejava daria certo.
Ao dizer a frase “vamos pintar o mundo de verde”, era claro para todos os torcedores que a presidente do Palmeiras não mediria esforços para montar um time ainda mais vencedor do que o atual campeão da Libertadores, para disputar o Mundial de Clubes.
Acontece que no mundo do futebol, existem diversas variáveis que interferem diretamente no futuro de um clube e principalmente no astral da torcida.
E foi aí que começaram as críticas à gestão da presidente palmeirense.
Começando pelas escolhas feitas para alguns cargos importantes dentro da estrutura do clube, sendo a mais contraditória a escolha de uma pessoa que possui uma ligação muito forte com o principal rival do clube o então apenas assessor pessoal da Leila, Olivério Júnior.
Aliado a esse fator veio também a questão da contratação de um centroavante de peso para o ataque do time comandado por Abel Ferreira.
Muito nomes foram especulados, poucos foram realmente negociados e nenhum camisa 9 chegou para a disputa do mundial de clubes.
Parecia que Leila estava descolada da realidade que ecoava em todos os cantos das alamedas e das arquibancadas, sejam elas físicas ou virtuais.
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A derrota no Mundial de Clubes foi o estopim para uma crise, fora da realidade para um time que vinha de inúmeras conquistas nos últimos anos, porém totalmente compreensível se analisado o contexto de tudo que antecedeu a derrota em Abu Dhabi.
Para retomar o rumo à frente do clube, Leila precisava começar a agir e mostrar que realmente era a presidente que todos sempre pediram.
O primeiro passo foi desligar Olivério Júnior, algo que passou da hora de acontecer e que deixou “grandes feridas”, já que foi preciso romper o bom relacionamento com a maior organizada do Palmeiras.
Mas não era apenas a saída do assessor que resolveria as desconfianças em cima da Leila.
Faltava o tão falado camisa 9.
E ainda falta até hoje, mas outras atitudes positivas também estão ajudando a mudar e amenizar as desconfianças.
A redução no preço dos ingressos é algo muito importante que está sendo mantida, em cumprimento a uma das suas promessas de campanha.
Recentemente a renovação do técnico Abel Ferreira, confirmou um lado negociador de Leila Pereira que já era muito esperado por todos.
Outro fator relevante são as prontas atitudes e respostas para situações que ameacem de alguma forma o Palmeiras ou qualquer um dos seus representantes, onde a presidente se coloca a frente e mostra para todos que o Palmeiras tem um comando que busca sempre principalmente o respeito à instituição.
A defesa aos ataques feitos ao técnico Abel Ferreira, por alguns comentaristas das mídias esportivas e mais recentemente toda a postura e negociação para que o Palmeiras jogasse a final do Campeonato Paulista no Allianz Parque.
Diante de todos esses fatos, parece que o jogo começa a virar e o copo que era meio vazio, já é visto por muitos como meio cheio.
Cabe agora à Leila Pereira seguir nesse caminho e mostrar para todos que a sua eleição não foi em vão.
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