GeralPolícia apreende ingresso que pertencia à ex-presidente do Palmeiras com cambista

Polícia apreende ingresso que pertencia à ex-presidente do Palmeiras com cambista

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O Palmeiras vem tomando uma série de medidas para coibir a ação de cambistas que atuam nos jogos do clube como mandante. Além de alterações na forma de disponibilizar os ingressos e expulsão de cerca de 500 pessoas do Programa Avanti, a Polícia de São Paulo abriu uma investigação sobre a venda ilegal de ingressos.

No dia 6 de setembro, antes da partida entre Palmeiras e Athletico-PR, pela Libertadores, polícias detiveram cambistas (que foram liberados logo após) e apreenderam ingressos que seriam comercializados nos arredores do Allianz Parque por preços superiores a R$ 1 mil. De acordo com informações do jornal Folha de São Paulo, um desses ingressos era cadeira cativa no setor Central Oeste que pertence ao ex presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi. De acordo com a Folha, o nome de Mustafá esta impresso no ingresso.

O ex presidente afirmou, através de um assessor, desconhecer que um ingresso com seu nome tenha ido para nas mãos de um cambista antes da semifinal da Libertadores. Ele diz que tem algumas cadeiras cativas no Allianz Parque e que costuma ceder esses ingressos gratuitamente para alguns amigos de sua confiança. Mustafá não descarta a possibilidade de que algum destes amigos tenha repassado a entrada para venda, o que seria algo sem que ele tivesse sido informado e contra sua vontade. O ex dirigente também informou que vai questionar o Palmeiras sobre o assunto.

Mustafá Contursi, ex-presidente do Palmeiras
Mustafá Contursi, ex-presidente do Palmeiras

O ingresso com o nome de Mustafá chamou atenção dos investigadores pois ele já se envolveu em casos de cambismo, sendo condenado a pena de prisão convertida em pagamento de 25 salários mínimos, no ano de 2020, porém a sentença foi anulada meses depois pelo Superior Tribunal de Justiça. Ele foi acusado, entre 2017 e 2018, de repassar para venda 70 ingressos que recebia como cortesia pela Crefisa, patrocinadora do Palmeiras.

Agora, a investigação realizada pelo delegado Cesar Saad, do Drade (Delegacia de Repressão aos Delitos do Esporte) convocará para depor o ex-presidente Mustafá, além de conselheiros e diretores do clube. De acordo com a Folha, 16 nomes serão ouvidos.

Para a investigação, o Palmeiras informou ao delegado quem são as pessoas que tem direito à gratuidade de ingressos. Em determinados jogos, algumas dessas pessoas teriam solicitado os ingressos, mas foram vistas em camarotes, onde a presença não exige as entradas, que foram parar nas mãos de cambistas. Como forma de coibir estes atos, o clube reformulou o sistema de distribuição de ingressos para os conselheiros e vai reformular a venda pelo Avanti, programa de sócio-torcedor, em 2023. A pedido da polícia, o Palmeiras passou a liberar apenas uma entrada de graça para os conselheiros.

Segundo a Folha, foi revelado por um integrante da investigação que foi identificado um caso de 90 contas do Sócio Avanti com o mesmo cartão de credito cadastrado. Para a investigação, este tipo de caso é o mais importante de ser averiguado, já que é considerado uma fraude relevante.

Medidas de segurança nas catracas do Allianz Parque também devem ser adotadas para tentar erradicar a venda ilegal de ingressos. Sistemas de biometria e reconhecimento facial para liberar a entrada devem ser adotados pelo clube.

O Palmeiras foi procurado pela Folha de São Paulo, mas não quis se manifestar sobre o assunto. Para a polícia, é pouco provável que aconteça qualquer punição a conselheiros que tem um ou dois ingressos e estes acabam nas mãos de cambistas.

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