FutebolViciada em vencer, Leila Pereira comanda Palmeiras em ano glorioso

Viciada em vencer, Leila Pereira comanda Palmeiras em ano glorioso

Presidente encerra primeiro ano de muito trabalho com três títulos na conta e organização financeira.

Leila Pereira assumiu o Palmeiras no dia 15 de dezembro de 2021. Cercada de desconfiança. Chegou na Academia de Futebol de cabeça erguida e conversou com o elenco de Abel Ferreira. Depois conversou com o treinador e comissão técnica, e começou a entender os processos.

A empresária, com enorme experiência profissional, percebeu alguns erros importantes cometidos no passado e começou a desembaraçar. Fez algumas demissões delicadas de profissionais que tinham altos salários e entregavam muito pouco. Cortou o evento de final do ano por conta dos custos. Foram atitudes rápidas, porém coerentes. Sempre respeitando Maurício Galiotte, ex-presidente, mas fazendo mudanças concisas.

Em janeiro, Olivério Junior começou a trabalhar efetivamente como coordenador de imprensa, e aí estourou o primeiro grande obstáculo de Leila: contornar o nervosismo e a crítica dos torcedores palmeirenses. Olivério, assumidamente corintiano, acabou deixando o cargo tempos depois, à contragosto da empresária. Leila não queria demovê-lo e entendeu que o que valia de fato era Olivério entregar profissionalmente. Mas seguiu em frente.

Até tal ponto, o Palmeiras já havia sido Campeão da Recopa Sul-Americana e estava perto de conquistar o Paulista. A diretoria, revoltada com as atitudes do árbitro no primeiro jogo da decisão diante do São Paulo, fez sua primeira aparição pública e aumentou o tom da crítica diante da FPF. O Verdão virou o placar, venceu por 4 a 0 e conquistou mais um título no ano.

Mas as reclamações tiveram que retornar na voz do clube. Diante de um escárnio, o Palmeiras foi eliminado da Copa do Brasil após a arbitragem não acionar o VAR no gol impedido de Calleri. O sãopaulino bateu a penalidade que levou o confronto aos pênaltis, e a derrota doída chegou.

Leila foi até a CBF conversar com os dirigentes e ouviu que a máquina do VAR foi resetada, que não era possível traçar as linhas para comprovar os erros. Mas a entidade admitiu o erro absurdo e confirmou que o Palmeiras foi extremamente prejudicado. A atitude da empresária e dos dirigentes do clube foi importante para tal posicionamento.

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Já na Libertadores, o atual bicampeão foi eliminado pelo Athletico na semifinal. Faltou muito pouco para uma nova disputa do troféu. Mas, naquele momento, a cabeça ficou ainda mais erguida. O time era líder absoluto do Campeonato Brasileiro e não podia sofrer qualquer desvio emocional.

A diretoria colocou dois ‘muros’ na Academia de Futebol e permitiu aos atletas e comissão técnica trabalharem sem qualquer interferência. O número de entrevistas e conversas com a imprensa diminuiu e o foco na busca pelo Hendeca cresceu de forma exponencial. Todo mundo queria encerrar 2022 campeão. E foi isso que aconteceu.

A torcida, organizadas e comuns, entrou completamente em sinergia com o elenco. A volta das bandeiras ajudou, a nova música criada e pedida por Abel contribuiu e o Allianz Parque virou um grande caldeirão.

Leila encerra seu primeiro ano com três títulos. Nada mal para 12 meses de trabalho e experiência. A dívida com a Crefisa, que também tem ponto bem questionável por parte da torcida, está diminuindo. A empresária sabe que o Palmeiras tem que pagar, e tem mesmo. Mas faz isso com total responsabilidade, baseada nas premiações e nas cifras que não trarão estragos financeiros aos cofres.

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Palmeiras com foco em apostas

Depois da péssima experiência com Miguel Borja, o clube mudou radicalmente o perfil de contratações com Leila. Não tinha mais espaço para desperdiçar dinheiro daquela forma. Apenas atletas mais jovens, considerados apostas e com poder de revenda futuro seriam contratados. E foi assim com Atuesta, Murilo, Jaílson, Merentiel e José Manuel López, além de Bruno Tabata.

A tranquilidade no mercado da bola tem explicação: a base. Endrick, Giovani, Danilo e tantos outros jovens que ainda podem entregar muito ao Palmeiras ao longo do tempo deixam o trabalho mais leve. Não existe pressa para trazer jogadores. Não existe lista de atletas considerados medalhões, que podem sofrer com lesões e tem poucas ambições.

O Palmeiras do futuro é esse. Encerra o ano com três títulos e já aumenta o sarrafo para a próxima temporada. Leila tem, sim, perfil para comandar e deve surgir como uma das maiores dirigentes que o Verdão já teve. O grande primeiro passo já foi dado.

E para nós, torcedores, basta curtir, ser feliz e desfrutar. Mais títulos virão!

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