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Nível europeu e saída de meia: resumo da coletiva de Abel Ferreira pós taça

Abel Ferreira conversou com os jornalistas com a taça de Campeão Brasileiro ao lado.

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O Palmeiras fechou a temporada dentro do Allianz Parque em grande estilo. De virada, o Verdão venceu o América-MG por 2×1, na noite desta quarta-feira (9), no último jogo do ano no estádio palmeirense e na partida que marcou a entrega da taça de campeão do Brasileirão, além da despedida de Gustavo Scarpa.

Após a partida e a festa da entrega da taça no gramado do Allianz, Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva e exaltou a campanha do Palmeiras ao longo do Campeonato Brasileiro, comparando o nível da equipe à um time europeu.

“Para ser sincero, o que vem na cabeça é a categoria que fizemos esse Brasileirão. Uma equipe com uma mentalidade muito forte, uma equipe europeia em todos os níveis. Sétimo jogo de virada, em 2021 tinham sido quatro e 2020 outros quatro. Isso que me deixa com orgulho, mesmo com quatro jornadas antes termos garantido o título, tivemos que ser regulares. O fato é que todos os jogadores contribuíram, uns mais outros menos, é sempre assim, e quem não jogou também, de outras formas. Quero oferecer esse troféu de forma especial e carinhosa ao nosso médico Gustavo Magliocca”.

“Teve mais qualidade, foi mais time, teve mais equilíbrio, fez mais gols, tomou menos gols, foi imaculado. As outras duas competições, Copa e Libertadores, não sei se iríamos ganhar ou não, mas ficou a sensação que algo não ocorreu como deveria, mas fiquei feliz pelos nossos jogadores por entenderem que só havia um caminho, continuaram a acreditar. Quem tinha dúvida, que somos todos um, não foi nem um, dois ou três jogos de virada, foram sete. Mas isso diz muito, não sei se somos os melhores jogadores, mas juntos somos fortes”.

Com inúmeras conquistas, a equipe de Abel já é chamada por muitos como a Terceira Academia do Palmeiras, em alusão aos times vencedores das décadas de 60 e 70. O técnico, porém, preferiu não responder de forma direta à esse questionamento.

“Não tenho competência ou conhecimento do passado para dizer que é ou que não é. Tenho certeza que o trabalho que esses jogadores fizeram, daqui 10 ou 15 anos, as pessoas vão entender o que foi feito aqui. Só o tempo vai dizer o que nós aqui fizemos”.

A partida não foi emocionante somente pela vitória de virada e por consagrar o título já confirmado do Brasileirão com a taça. Quem esteve no Allianz Parque, na noite desta quarta-feira (9), se emocionou com a despedida de Gustavo Scarpa, um dos principais nomes da equipe, do estádio palmeirense. Abel falou sobre a saída do camisa 14, ressaltando que “devemos seguir os nossos sonhos”.

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“Eu não quero partilhar o que o disse pessoalmente, mas acho que devemos seguir os nossos sonhos, independentemente do que dizem. Acho que foi sempre muito bem tratado por mim, diretoria e mesmo em fim de contrato. Cheguei aqui e era um jogador que estava muito mal, encostado e foi melhorando aos poucos. Disse que se aparecesse uma proposta de algum clube com qualidade, de outra dimensão, poderia ir. Mas continuou ouvindo a opinião de todos, acabou por tomar a melhor decisão, que foi para ir para Inglaterra. Mas que se prepara porque vai ter que marcar mais, tocar mais vezes na bola, mas quando se quer algo tem que ir atrás”.

O Palmeiras entra em campo novamente já neste domingo (13), contra o Internacional, às 16h (de Brasília), no Beira Rio, em Porto Alegre, pela última rodada do Campeonato Brasileiro.

Mais sobre a coletiva de Abel Ferreira

Experiências vividas no Brasil

“Eu falo muito com o Andrey (Lopes, auxiliar-técnico) como são os treinadores brasileiros, portugueses. Compartilhamos de muitas coisas, todos nós aprendemos e partilhamos, mas que cada um faça o que quiser. Os treinadores portugueses vão ao shopping do futebol, cada um vende o que tem, bola parada, ataque, escanteio e cada um tira o que quer. A competência em qualquer profissão não tem nacionalidade. Tem dedicação, trabalho e aprendi muito aqui. Vi Telê Santana para não dizer outros, Klopp, Mourinho, Wenger, Bobby Robson e talvez tenha um bocadinho deles. Não sou nenhum santo, não estou na igreja, vivo o futebol e é só equilibrar isso. O difícil não é chegar, é manter-se de forma convincente”.

Diferencial do Palmeiras

“Eu já lhes falei das regras das 24 horas. Me custa muito perder, durmo mal, mas fico preparado para o próximo desafio. Fiquei oegulhoso com nossos torcedores quando fomos eliminados, mas não é nada com nossos adversários, mas com uma terceira equipe. Você terão a oportunidade de ver, vou compartilhar alguns vídeos no livro que estaremos lançando. As pessoas dizem que não dou entrevistas, mas exponho mais coisas que muitos treinadores. Estará tudo no livro, esse momento é de continuarmos a acreditar uns nos outros, estamos fora, vamos continuar e essa foi a história das finais. Entramos nesse jogo muito forte, tomamos um gol e nos mantivemos fortes até fazer o gol e virar o jogo. É um orgulho para todos nós, nossos funcionários, atletas e acho que as pessoas entenderam a filosofia do todos somos um, mas agora somos 11”.

Copa do Mundo

“Eu vivo muito intensamente o futebol, mas vou desligar a ficha. Que ganhe o melhor, mas que se lasquem e que se danem. Vou desfrutar com a minha família e voltar com as energias carregadas. Aqui é muito intenso, me convidaram para se comentarista, mas quero estar quieto, de calção, bermuda e comer com a mão. Mostrar que sou normal, quero desligar do futebol”.

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