FutebolAbel Ferreira fala sobre renovação com o Palmeiras e faz desabafo forte

Abel Ferreira fala sobre renovação com o Palmeiras e faz desabafo forte

O Palmeiras venceu o Corinthians no último sábado (29) por 2×1, no Allianz Parque, com recorde de público. Os gols da partida foram marcados por Murilo, Raphael Veiga e Piquerez marcou contra, descontando para o rival.

Após o clássico, o técnico Abel Ferreira concedeu uma longa entrevista coletiva e abordou um assunto que deixa os palmeirenses animados: sua renovação de contrato. Abel tem contrato com o Palmeiras até o final de 2024, mas uma possível extensão de vínculo já é discutida nos bastidores do clube.

“Enquanto eu sentir esse desejo na atitude e olhar deles, dificilmente vou sair”, revelou Abel.

“Vocês sabem que gosto de estar aqui, a minha família está aqui e tenho que falar com quem manda em casa. Dificilmente em qualquer dos meus projetos eu deixei meus jogadores no meio de um objetivo. Tenho um ano e meio de contrato, o futebol é dinâmico e tudo pode acontecer, até me mandarem embora se vocês fizerem muita força, falarem que eu não sei defender e estou levando muitos gols. Posso ser demitido, vendido ou cumprir meu contrato. Eu falei a Leila quando renovei. Se foi o Galiotte quem me trouxe, a Leila quem me convenceu. E quem manda é lá em casa, tem que ir primeiro lá”, finalizou.

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Mais uma vez, a arbitragem também foi pauta da entrevista coletiva. Ainda no primeiro tempo, Abel e João Martins foram advertidos com cartão amarelo por reclamação. Na súmula, o árbitro Wilton Pereira Sampaio justificou que advertiu Abel por “desaprovar com palavras ou gestos as decisões da arbitragem”.

“Vou pedir para colocarem uma algema nas costas, para eu estar só assim (coloca os braços para trás). Fazer o que o João fez (fechar a boca com um adesivo), não, porque eu tenho que falar”, iniciou.

“Não quero falar mais dos árbitros, já chega… Eu fui torcedor e quando via o treinador de braços cruzados, quieto. Eu falava para gesticular, mexer os braços. Não corre sangue? Mas são as leis, então errado sou eu. Preciso de algemas, que me amarrem nas costas. Não posso fazer o que o João fez pois preciso falar. É para vocês debaterem. Verem os lances, falta igual ou não… Não adianta”, desabafou.

Mais da coletiva do técnico Abel Ferreira

Análise do Dérbi

“Não sou eu que faço. Vocês acham que são os treinadores que falam para abdicar e dar a bola? Defender? Não atacar? Treinador que fala para entregar a bola e não atacar? Eu, formado, não acredito. Há adversário do outro lado. Navarro poderia ter feito o terceiro gol e mataria o jogo. O jogo é dinâmico, preciso rever. Não vi o que você está falando [embaixadinhas do Navarro]. Não gosto disso. Respeitar o adversário é fazer três, quatro, cinco, o máximo de gols e não sofrer. Conseguimos fazer dois e sofrer um, é o que eu peço. Não peço para entregar a bola e jogar em transição, nunca pedi. Vocês deixam de colocar o adversário nessa equação. O adversário foi completamente dominado no primeiro tempo e houve uma reação na segunda parte. Demos vida a eles em um gol imprevisível e antes tivemos chance do terceiro gol com o Navarro. Cresceram, tiveram chance com o Paulinho e o futebol é isso. Há vários jogos dentro de um jogo e temos que aproveitar para matar o jogo. Não conseguimos, eles acharam um gol, bateu no Piquerez e entrou. O futebol é… Não vou dizer o resto”.

Eficiência do Palmeiras

“Eu procuro sempre a excelência e perfeição nas minhas equipes e nunca encontrei, nunca cheguei. Dentro dos nossos processos de jogo, bola parada, transição, defesa para atacar, atacar e preparar para perder a bola e não ser surpreendido… Todas essas dinâmicas estão interligadas, não trabalhamos um processo apenas, são consequências. Somos uma equipe técnica sempre insatisfeita. Trabalhamos pela perfeição, que é difícil, e sempre afinamos parafusos. A eficácia é determinante. talvez o mais importante. O que adianta ter 10 chances e não fazer e o adversário fazer em uma? Não é quantidade, é qualidade. Vamos evoluir sempre os nossos jogadores porque futebol é imprevisível, às vezes aleatório. Muitos fatores interferem, como o escanteio de hoje que deu vida a uma equipe com dificuldade”.

Desafios do Palmeiras

“O problema é que a culpa é dos jogadores de subir expectativa, subir o sarrafo. Agora aguentem! Tomamos uma decisão quando fomos para a Bolívia, uma decisão minha, da comissão técnica. E agora vamos fazer o que sempre fazemos numa viagem dura, difícil, nos prepararmos bem para jogar e sofrer, e mais do que tudo procurar ganhar. São essas as nossas intenções em mais um desafio difícil [contra o Barcelona-EQ]”.

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