A Crefisa/FAM é a patrocinadora master do Palmeiras e, por muitos anos, vista como a principal fonte de renda do clube. Porém, o cenário financeiro do Alviverde vem mudando nos últimos anos, principalmente com uma participação mais ativa do torcedor nos jogos no Allianz Parque.
De acordo com os dados do balancete de julho divulgados pelo Palmeiras, que mostram como estavam as finanças do clube até o sétimo mês deste ano, é possível analisar que o valor pago pela patrocinadora está abaixo de outras fontes de renda do clube.
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As empresas de Leila Pereira, Crefisa e FAM, pagam o valor de R$ 81 milhões anuais pela exclusividade no uniforme do Palmeiras, além de outras propriedades de marketing. Um exemplo de arrecadação com participação direta da torcida palmeirense e que ultrapassa o valor do patrocínio é a soma da renda obtida com o programa de sócios Avanti e a arrecadação de jogos.
Até o mês de julho, o Palmeiras arrecadou com jogos o total de R$ 38,7 milhões, enquanto o Avanti rendeu R$ 32,7 milhões aos cofres alviverdes no período. Somados, o valor arrecadado com jogos e o programa de sócio torcedor renderam R$ 71,5 milhões nos primeiros sete meses deste ano, uma média de R$ 10,2 milhões por mês, valor maior que os R$ 6,7 milhões mensais do patrocínio da Crefisa/FAM.
Mais detalhes do balancete de julho 2023
Em julho, o Palmeiras registrou um superávit milionário, com entrada dos valores da venda do atacante Giovani e do bônus previsto na venda de Endrick.
Os números apontaram um superávit de R$ 28,9 milhões no mês de julho. As finanças do Palmeiras no mês foram alavancadas com as entradas dos valores da venda do atacante Giovani ao Al-Saad, do Catar, e do bônus pela meta de gols atingida por Endrick. O superávit foi mais alto que os valores orçados para o mês de julho em cerca de R$ 17 milhões. No orçamento criado no início da temporada, era esperado um superávit de pouco mais de R$ 11 milhões no sétimo mês de 2023.
Da venda dos 50% dos direitos econômicos de Giovani, 9 milhões de euros, cerca de R$ 47,5 milhões na cotação atual, entraram nos cofres alviverdes. O valor recebido correspondente ao bônus estabelecido na venda de Endrick sobre a meta de gols do atacante foi de 2,5 milhões (R$ 13,4 milhões na cotação da época). Vale lembrar que o jovem bateu a meta ao marcar cinco gols nesta temporada.
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No total, a receita do Palmeiras em julho foi de R$ 102,2 milhões, superando os valores orçados, que eram R$ 78,7 milhões. Por outro lado, as despesas do mês fecharam em R$ 72,4 milhões, também superando os valores orçados, que eram de R$ 65,2 milhões.
Seguindo a linha do mês de julho, no acumulado do ano até o mês sete, os números do Palmeiras são melhores do que os previstos em orçamento no início da temporada. A receita acumulada até julho foi de R$ 508 milhões, enquanto era esperado um acumulado de R$ 412 milhões.
Quanto às dívidas do clube, houve um pequeno aumento em relação ao balancete de junho, subindo de R$ 461 para R$ 496 milhões, sendo R$ 286 milhões de curto prazo. Por outro lado, a dívida com Crefisa caiu, passando de R$ 45 milhões em junho para R$ 43 milhões em julho.
Confira os principais números financeiros do Palmeiras até julho de 2023
- Receita acumulada: R$ 507,7 milhões
- Direitos de transmissão: R$ 99,2 milhões
- Negociações: R$ 161,9 milhões
- Publicidade e Patrocínios: R$ 71 milhões
- Arrecadação com jogos: R$ 38,7 milhões
- Sócio Avanti: R$ 32,7 milhões
- Premiações: R$ 22 milhões
- Dívida: R$ 496 milhões
- Dívida com a Crefisa: R$ 43 milhões
- Dívida de curto prazo: R$ 286 milhões
