O Palmeiras entrou em campo contra o Boca Juniors, na Bombonera, com uma significativa alteração no esquema tático. Abel optou por escalar os mesmos jogadores que já vem usando, com Mayke substituindo Dudu, mas com uma formação diferente. O Verdão conseguiu segurar o Boca em sua casa, saindo com um empate em 0x0 e a chance de decidir a vaga em casa, na próxima semana.
Abel abandonou o tradicional 4-3-3 e optou por uma formação com 3-4-1-2. Na defesa, Marcos Rocha fechou a linha de três zagueiros com Murilo e Gómez; Piquerez e Mayke atuaram como alas; Raphael Veiga mais centralizado no meio de campo para distribuir o jogo; enquanto Artur e Rony formaram a dupla de ataque.
A principal alteração no esquema foi retornar com Artur para o lado direito do ataque, onde tem melhor atuação, enquanto Rony foi para o esquerdo.
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No jogo, Mayke e Piquerez tiveram oportunidade de subirem mais ofensivamente quando o Palmeiras tinha a bola. Já no momento defensivo, com o meio de campo mais povoado, os laterais davam segurança aos zagueiros e desciam para compor a defesa, o que funcionou para afastar grandes investidas do Boca.
Por outro lado, com o meio de campo povoado e com intensa marcação dos donos da casa, a criação de jogadas no setor ficou prejudicada e Raphael Veiga apresentou dificuldades em diversos momentos para distribuir o jogo. Assim, o Palmeiras passou a abusar de cruzamentos e contra-ataques.
Com a alteração no ataque, o time se mostrou mais solto enquanto o Boca Juniors tentava entender a forma que o Alviverde entrou em campo. Dispostos a saírem de casa com um bom resultado, os Xeneizes conseguiram entender o esquema e equilibrar o jogo, aproveitando de erros de passes do Palmeiras. O que se viu após a metade do primeiro tempo foi uma dominância do Boca e a solidez do sistema defensivo do Verdão, que afastou as chances criadas. Weverton foi fundamental para manter a baliza a zero, realizando grandes defesas ao longo da partida.
No segundo tempo, o Palmeiras voltou a campo melhor ofensivamente, principalmente Raphael Veiga, que passou a chegar mais ao ataque, infiltrando entre os atacantes. Porém, Rony, adaptado a jogar como centroavante, não teve um bom rendimento jogando mais caído para a esquerda, enquanto Artur não recebia a bola devido à dificuldade de criação. Sem Rony adiantado à frente, o Palmeiras perdeu a referência no ataque.
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Dentre os pontos de atenção para o jogo de volta, está a necessidade de corrigir os erros de passe e perdas de bola próximo à área. O Boca impôs uma marcação intensa em todo campo, dando combates e fechando espaços quando a posse de bola estava com o Palmeiras. Pressionados, os palmeirenses acabavam perdendo a bola e cometendo erros de passe. Em um desses momentos, Piquerez perdeu a bola próximo à área de Weverton e cedeu a oportunidade de uma boa finalização aos donos da casa.
Apesar da dificuldade na criação de jogadas, o Palmeiras se montou muito bem defensivamente e saiu da Bombonera com um ótimo resultado, em uma tradicional noite de Libertadores, diante de um time que buscou o resultado de todas as formas e foi empurrado por sua torcida durante os 90 minutos. Agora, o Alviverde precisa de uma vitória simples em casa para garantir a vaga na final da Libertadores.
Palmeiras e Boca voltam a se encontrar na próxima quinta-feira, 5 de outubro, no Allianz Parque, às 21h30 (de Brasília). Antes, o Verdão joga pelo Campeonato Brasileiro, no domingo (1), contra o Red Bull Bragantino, fora de casa. Já o Boca terá um clássico contra o River, pelo Campeonato Argentino, também no domingo, em casa.
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