ColunasO papelão da Federação Paulista de Futebol

O papelão da Federação Paulista de Futebol

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Após rápida consulta na internet sobre o termo Federação, temos o seguinte retorno:

“Associação que reúne várias sociedades, sindicatos, grupos etc. sob uma autoridade comum e com o mesmo objetivo.”

Atente-se ao final: mesmo objetivo. No caso da Federação Paulista de Futebol esse termo não se aplica. Nem todos tem o mesmo objetivo que, ao meu ver, seria o crescimento ético e moral do Campeonato Paulista, o maior campeonato regional do país sem sombra de dúvidas.

O Palmeiras saiu de enorme fila ao bater o Corinthians em 1993….num Campeonato Paulista. Mais de cem mil pessoas no Morumbi acompanharam o show do time palestrino, que deixou o Alvinegro caído no chão. Começava ali a era de ouro da década de 1990. O time das estrelas, o time recheado de jogadores importantes e sucesso total.

Depois veio a derrota para o mesmo rival em 1995. O ataque dos cem gols em 1996. A história do Palestra com o Estadual é linda e espetacular, mesmo não colecionando o mesmo número de taças do rival que, por vezes, só tinha essa disputa em mãos. Era a única opção.

Com o renascimento do Palmeiras em 2015 algo aconteceu no futebol paulista. Com diversos reforços e protagonismo em pé, os holofotes viraram para a Rua Palestra Itália. Não teve jeito. Aliás, algo normal. Bastava o clube se precaver das consequências.

Ano passado fizemos campanha espetacular no Campeonato Paulista. Chegamos na final com méritos. Vencemos a primeira decisão em Itaquera em jogo muito disputado. Mostramos o poder do nosso elenco. A nossa preparação.

O jogo de volta no Allianz Parque, esportivamente, foi ruim. Tomamos um gol logo no começo da partida que deixou tudo igual e parelho. O time foi retomando a forma e crescendo na partida quando Ralf derrubou Dudu dentro da área. Marcelo Aparecido apontou a penalidade, comemorada pelo estádio inteiro. O empate ali mudaria completamente o panorama do jogo.

Porém, oito minutos depois, a arbitragem voltou atrás. O chefe de arbitragem subiu dos vestiários para o campo com celular em mãos e avisou o árbitro dentro de campo, pelo fone. Viu a imagem na TV e repassou, prática condenada até então já que o VAR não estava validado mo país tupiniquim.

Depois disso todo mundo sabe o que aconteceu. O Palmeiras foi incompetente nas penalidades e perdeu o título em casa. E começou o problema na relação entre o Alviverde e a Federação.

Maurício Galiotte não suportou tal absurdo e nomeou o Estadual de “Paulistinha”. Dentro da Federação, risos. Falaram até m “mimimi”. Como sempre. Sempre que uma opinião difere da outra vira mimimi. A falta de argumentos competentes se retrai para a ignorância.

Dias depois o jurídico palmeirense entrou com a documentação no TJD-SP, comandado pelo Delegado Olim. O objetivo era anular e marcar um novo certame. A má vontade de Olim foi determinante para que o processo paralisasse. O clube ainda levou o assunto até a CBF, mas não teve sucesso de novo. O STJD devolveu para o TJD-SP que, de forma esperada, nada fez. Largaram os documentos na gaveta como se larga uma caneta BIC velha.

Com o fim do Estadual e a conquista do Deca Brasileiro, o racha continuou, mas foi atenuado. Nenhum representante do Palmeiras foi nas reuniões preparatórias da edição 2019. Felipão negou que colocaria time alternativo, mas aprovou o uso do Estadual como laboratório.

Neste sábado, contra o Novorizontino, o Palmeiras deveria ter usado patch das quartas de final na camisa. Porém o artefato trazia o nome da Sicredi, concorrente da Crefisa. Por questão de ética e respeito ao patrocinador, o uso não foi autorizado pela diretoria palestrina. O fato causou nervosismo na direção da Federação.

Com o andamento da partida assistimos ao que aconteceu. Murilo dominou a bola com a mão antes de abrir o placar. As imagens da TV Globo foram claras. Leonardo Gaciba, ex-árbitro e comentarista da emissora, garantiu que a jogada foi irregular.

Depois da partida, curiosamente um bom tempo após o apito final, a Federação postou imagens em seu twitter oficial de outro ângulo onde mostra a bola batendo na barriga do autor do gol do time interiorano. O frame anterior, claro, mostra a bola na barriga. Mas bate certamente na mão após tocar na barriga. Seria impossível dominar para frente como ele fez se não usasse o braço.

Cícero Souza concedeu entrevista coletiva e em nenhum momento ofendeu a entidade que organiza o futebol paulista. Falou “nos esforços do clube em melhorar o nível do esporte e exigiu que fizessem o mesmo.”

Falta de respeito e irresponsabilidade

Para a minha surpresa, e acredito para a surpresa de muitos, o Delegado Olim, presidente do TJD-SP, apareceu no canal de TV Fox Sports com ar de superioridade e deboche. Entre várias falas descartáveis, disse que o Palmeiras precisava “parar de chorar” e que, caso não parasse, “compraria um lenço”.

Lenço todos nós precisamos. Precisamos para lamentar o ponto que chegou o futebol brasileiro e o futebol paulista, de forma consequente. Um futebol que não consegue controlar duas torcidas dentro do estádio e implanta torcida única para se livrar de trabalho. Que tem em toda rodada sequência de erros e falhas na arbitragem e sem que ninguém assuma a culpa.

Um futebol que não tem atrativo algum. Que viu o Palmeiras e o Allianz Parque serem maiores que a disputa e, por isso, passíveis de “tiros e agressões”. Viu um clube se organizar financeiramente e virar potência nacional com respeito, ética e superioridade administrativa. O medo da hegemonia verde traduz as atitudes pífias da falida entidade que controla o futebol. Controla não, né, empurra. Chuta. Rega e deixa dias no sol até morrer.

Resumo de tudo: O Palmeiras é MUITO GRANDE para o Campeonato Paulista. E, mais uma vez, parabéns ao Palmeiras, ao presidente Maurício Galiotte, ao gerente Cícero Souza e à todos que combatem esse escárnio nas redes sociais. A guerra está declarada.

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