FutebolPalmeiras: Ex-executivo explica demissão de Fernando Prass

Palmeiras: Ex-executivo explica demissão de Fernando Prass

Fernando Prass é o goleiro que mais jogou pelo Palmeiras no Allianz Parque.

15 de abril de 2020, 21:03h

O goleiro Fernando Prass é, sem dúvida, um dos ídolos da história recente do Palmeiras. Campeão da Copa do Brasil 2015 (marcando o último gol nas penalidades) e Bicampeão Brasileiro (2016 e 2018), o arqueiro conquistou o respeito dos alviverdes e cravou seu nome na gloriosa história palestrina.

No final de 2019, Prass foi surpreendido com a não renovação contratual. Ganhou camisa enquadrada de Maurício Galiotte, recebeu despedida de uma torcida organizada palmeirense e acertou com o Ceará por uma temporada.

Desde que vestiu a camisa cearense, o goleiro revelou mágoa com dirigentes em algumas entrevistas. Nesta quarta-feira, Alexandre Mattos, responsável pela saída de Prass, falou sobre o assunto e justificou a ação.

“Essa (história) me chateou… Antes do jogo contra o Grêmio, eu, o presidente (Maurício Galiotte), o Mano, o Cícero (gerente de futebol), o Paulo Buosi e o Alexandre Zanotta (vice-presidentes) decidimos que ficaria o Jailson e liberaríamos o Prass. Lembro que falei que ia avisá-lo, mas pediram para avisar só faltando um jogo. Porque tem toda comoção da torcida. Fui demitido uma semana depois, e mantiveram o planejamento. Por que fiquei responsável planejamento se fui demitido?,” disse Mattos.

Proibição de entrevistas no Palmeiras

Nos últimos meses de Palmeiras, Prass foi proibido de dar entrevistas. Mattos explicou.

“Se eu estivesse lá, o Prass ia sair. Tem 41 anos, há dois anos e meio não era titular, vinha sendo o terceiro goleiro e era um dos maiores salários do Palmeiras. Estava incompatível isso. Ele tem uma relevância, o considero para caramba. Um dia vou conversar com ele, tirar essa mágoa do coração dele. Renovei três vezes com ele, insisto. Uma dúvida que ele tem e esclareço publicamente agora: pedia para não dar entrevista porque o Oscar Rodriguez, preparador de goleiros, me pedia. Porque, quando ele dava entrevista pedindo para jogar e renovar, o Jailson e o Weverton ficavam chateados. Era para manter um bom ambiente,” finalizou.