No dia 27 de novembro, às 17h (horário de Brasília), o Estádio Centenário, localizado em Montevidéu, receberá Palmeiras e Flamengo, para presenciar mais uma final protagonizada por brasileiros na Taça Libertadores da América.
O legado do estádio começou em 1930, quando foi construído para a Copa do Mundo daquele ano, sendo inaugurado em um Uruguai x Peru, sendo também o palco da final daquela Copa. Seu maior público foi em 1960, quando 71.872 pagantes presenciaram o confronto entre Real Madrid e Peñarol pelo Intercontinental.
Sobre sua construção, a história uruguaia conta que a obra ocorreu em apenas nove meses para sediar a Copa, há inclusive um monumento aos imigrantes responsáveis pela construção, a Torre das Homenagens, que, assim como no Pacaembu, conta com um Museu acoplado.
Além disso, o local não é um “Estádio Padrão FIFA”, porém o motivo de nunca ter havido reforma até este ano, é o orgulho local do cimento inglês exposto nas arquibancadas, das ferrugens, do desgaste e outras tantas características que dão ao estádio o verdadeiro aspecto de uma arena de batalha. Aspecto que ganhou novos ares com customizações feitas para as finais continentais de 2021.
PALMEIRAS NO ESTÁDIO CENTENÁRIO
Na história registrada, a primeira vez que o Palmeiras jogou neste estádio foi em 1947, vencendo por 3 x 2 o Boca Juniors pela Taça do Atlântico. De lá para cá, foram 23 partidas no Centenário, no total. Dessas o verdão saiu vitorioso em 10, perdeu oito e teve ainda cinco empates. Quanto aos gols, o Palmeiras marcou 31 neste estádio e levou 21.
Esses 23 confrontos valeram para diversos torneios, após a década de 40, voltou a jogar lá em um amistoso em 1951 contra o Nacional. Em seguida, na década de 60, o Palmeiras viajou em diversas oportunidades para Montevidéu, a fim de disputar amistosos e inclusive a Libertadores, contra o Peñarol (em 1961 e 1968), e contra o Estudiantes (também em 68, valendo o título do continental).
Curiosamente, se esta final em 1968 tivesse as regras de hoje com o saldo de gols influenciando no placar agregado, o Palmeiras teria saído campeão, após perder de 2 x 1 na Argentina e vencer por 3 x 1 em casa, porém, seguindo as regras da época, por cada time ter ganho um jogo, forçou-se o terceiro jogo para desempate, este no Estádio Centenário.
Na década de 70, o Palmeiras voltou a jogar bastante no estádio, entre confrontos de Libertadores contra os grandes uruguaios e no Torneio Mar Del Plata, torneio de verão amistoso. Já em 1982, o Palmeiras estava com um calendário livre após eliminações precoces e por conta da paralisação para a Copa do Mundo, por isso participou de um torneio amistoso no Uruguai contra o Peñarol e levou a Taça Ademir da Guia para casa.
Ainda, em 1998 e 2000, enfrentou o Peñarol e o Nacional, respectivamente, pela Mercosul e pela Libertadores. Vale lembrar que o jogo da Mercosul foi a maior vitória alviverde da história, um atropelo de 5 x 0.
Já na história mais recente, em 2009 o Verdão de Diego Souza, Cleiton Xavier, Keirrison e Marcão visitou o Nacional pela quartas de final da Liberta, mas acabou sendo eliminado com o 0 x 0 fora de casa, pois o jogo de ida em São Paulo havia sido 1 x 1 e o gol fora de casa classificou os uruguaios.
Por fim, em 2016, última vez que visitou o estádio, o Palestra, treinado por Marcelo Oliveira, venceu o Libertad (PAR) e empatou com o anfitrião Nacional, pela Copa Antel, mais um torneio amistoso, entre os que estão no elenco hoje, Dudu é o único que entrou em campo naquele ano.
FINAIS DA LIBERTADORES NO ESTÁDIO CENTENÁRIO
A tradição do estádio é tamanha que já sediou 16 finais da Taça Libertadores da América, desde a primeira em 1960 e a última vez em 2011. Vale lembrar também que esta edição será apenas a terceira com a final em jogo único em campo pré-definido pela Conmebol. Mesmo tendo já tendo outras finais com com representantes brasileiros, esta será a primeira vez que um brasileiro levantará a Taça no Estádio Centenário.
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