O Palmeiras Online lembrou recentemente um amistoso jogado pelo Verdão contra a Seleção do Catar, país sede da atual Copa do Mundo de 2022. A partida ocorreu em 1998, no dia 17 de agosto, e terminou com vitória palestrina por 2 x 0. Darci, meia campeão pelo Palmeiras da Copa do Brasil e da Mercosul daquele ano, esteve em campo no amistoso e concedeu entrevista exclusiva sobre o fato.
O Catar estava em uma tour pelo Brasil, estudando o futebol do país que havia acabado de ser vice-campeão mundial e que há quatro anos havia sido tetracampeão da Copa do Mundo. O país asiático naquele período fez oito partidas na excursão ao Brasil, contra: Palmeiras, Corinthians, Juventus-SP, São Paulo, Olaria-RJ, Flamengo, Fluminense e Madureira.
Em matéria recente do Uol, alguns jogadores foram questionados sobre a partida e não se lembraram da existência dela, como foi o caso de Oséas (que inclusive marcou um dos gols) e Ferrugem. Já em entrevista ao Palmeiras Online, Darci, importante na campanha da primeira Copa do Brasil vencida pelo clube, admitiu também não lembrar.
Para ele, o motivo da partida não ser tão recordada se deve por não ser uma Seleção de grande expressão e ser desconhecida na época, além de ser um amistoso, evento não tão valorizado quanto os grandes jogos que o Palmeiras fazia, logo, era equivalente a um jogo-treino.
Aliás, dois dias antes da partida o Verdão jogou um clássico contra o Santos (derrota por 1 x 0) pelo Brasileirão e dois dias depois bateu o Nacional-URU por 5 x 0, pela Mercosul, então foi realmente como um treino em meio a dois compromissos importantes. Contudo, segundo Darci, esses amistosos têm evidentemente uma importância maior para os reservas, para buscarem seu espaço e ganharem mais oportunidades entre os titulares.
Desde então, o Palestra não jogou mais contra seleções. Ainda, se existem países “alternativos” que vêm estudar o futebol brasileiro, também existem jogadores brasileiros que desbravam estes países, o caso mais fácil de lembrar é o craque Dudu, que jogou entre 2020 e 2021 no Al-Duhail, do Catar.
Darci, que acabou não jogando fora do Brasil, quando perguntado se já teve oportunidade ou vontade de atuar em um país menos conhecido, disse que foi um sonho que não conseguiu realizar, já que era mais difícil uma transferência internacional na época em que jogou, é uma experiência que gostaria de ter tido.
O ex-meia alviverde opinou também que esse movimento de países sem tanta tradição no futebol virem estudar e experienciar o país é uma estratégia inteligente dos estudiosos do esporte, e que essa busca de conhecimento na fonte correta é um dos motivos de maior equilíbrio no futebol mundial atualmente. A própria Copa do mundo de 2022 é uma prova disso, para Darci o equilíbrio hoje é muito maior do que em décadas passadas:
“Seleções sem expressão mundial jogam em igualdade contra gigantes no mundo da bola. Equivalência física é a tônica de hoje na bola.”
Como país árabe, o Catar é mundialmente conhecido pela exportação de petróleo e moldou toda sua economia com isso, entretanto o movimento das últimas décadas é de não depender apenas da exportação e enraizar o turismo no país. Com esse intuito o Catar vem sediando diversos eventos esportivos, como outro exemplo recente o Mundial de Clubes de 2020, o qual o Palmeiras disputou e ficou com o 4º lugar.
Para Darci, isso se dá pelo dinheiro, que é o que manda no futebol, “onde tem grana, tem os melhores times, contrata os maiores nomes da bola” a consequência disso são os títulos e os estádios lotados para ver a equipe atuar.
Darci Luiz Simon começou sua carreira no Grêmio em 1985 e terminou em 2003 no Santo Ângelo (RS). No Palmeiras, fez parte do time de 98, campeão da Copa do Brasil e do Mercosul. Logo, o gaúcho estava na base da equipe de Luiz Felipe Scolari, que seria campeã da LIbertadores em 99, mas acabou saindo naquele ano para o Coritiba.
Segundo o Verdazzo, o meia jogou 24 partidas pelo Verdão e marcou três gols, o mais importante deles foi a pintura contra o Santos na semifinal da Copa do Brasil, colocando o Palestra na final.
“Foi um prazer imenso ter atuado naquela grande seleção que o Palmeiras do Felipão, montou e dizer que carrego na minha vida essa honra de ter vestido esse manto verde (…) e dizer que sou grato por terem me acolhido daquela e eu ter marcado também meu nome na história do Palmeiras”
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