O Palmeiras bateu o Cerro Porteño por 3×0, fora de casa, na noite desta quarta-feira (24), pela fase de grupos da Libertadores. Artur balançou as redes duas vezes e Rony fechou o placar em Assunção, no Paraguai.
Após a partida, o técnico Abel Ferreira elogiou o atacante Artur e afirmou que, para ele, a diretoria do Palmeiras acertou em insistir na contratação do jogador.
“Para a imprensa brasileira, já falei sobre um jogador ser 50% ou 100%. 50% é o típico jogador brasileiro, muito bom de bola, mas que se esquece das tarefas defensivas. No futebol moderno, o talento só não ganha o jogo. Nas melhores equipe do mundo, todos atacam, todos defendem. Nós fomos buscar e, como eu disse, eu não ensinei nada para o Artur”; iniciou o técnico.
“Estamos trabalhando há dois meses. Isso foi dos treinadores anteriores. Só falei, joga, conhece o clube. Tem o que gostamos, ataca, defende, cruza, faz gols… É o que pedimos aos pontas: assistências e gols. Gosto de ver pontas como “sumo” (suco). Não adianta ter aquela laranja bonita, mas sem sumo. Prefiro as feias, que a gente abre, mas que sai sumo. Felizmente, agradecer ao Barros e a presidente, que fizeram um esforço para contratar um jogador que não traz dúvidas”; disse.
LEIA MAIS > Em noite inspirada de Arthur e Rony, Palmeiras vence Cerro por 3 a 0
Em noite inspirada de Artur, que marcou duas vezes, e Rony, autor de duas assistências e um gol, o Palmeiras dominou a partida, mas, para Abel Ferreira, poderia ter saído de campo com um placar mais elástico. Para o técnico, o time perdeu boas oportunidades de marcar, principalmente no tempo que ficou com um jogador a mais em campo, após a expulsão de um jogador adversário ainda no começo do primeiro tempo.
“O jogo ficou do nosso jeito depois da expulsão deles (Báez levou vermelho aos 14 do primeiro tempo). Era um jogo que se previa difícil. Com mais um, acho que podíamos ter resolvido na primeira parte. Deveríamos, pelas oportunidades que criamos, ir com um resultado mais gordo no intervalo. Na segunda parte, com falta, na nossa forma de atacar e defender, subindo o Veiga para não deixar eles gostarem do jogo. Foi uma vitória justa, mas facilitada pela expulsão”; analisou Abel.
Mais trechos da coletiva de Abel Ferreira
Fim do jejum de Rony
“O Rony, como todos atacantes, tem momentos. Momentos muito inspirados, momentos não inspirados, como falhou na segunda etapa. Se eu estivesse no treino, daria uma sapatada, de carinho: “Não pode falhar isso”. Mas ele trabalha muito. Eu falei com ele, sim. Às vezes, na nossa vida, andamos à procura de desculpas. Quando as coisas não estão bem, focamos a atenção fora, não dentro de nós”.
” Eu só fiz uma pergunta, e foi hoje de manhã. Perguntei se ele estava a fazer tudo. Para não se preocupar com tudo o que se passava. Olha primeiro para dentro. Se for o Rony, não o Rústico, o Guerreiro, o gol vai aparecer naturalmente. Eu não quero o Rony Rústico, quero o Guerreiro. Ficamos felizes por ele, da forma que os colegas comemoraram. Viram que ele não comemorou o gol na cambalhota, não está 100%. Mas feliz, por ele, pela equipe, por jogadores que merecem pelo quanto que se dedicam”.
Força do Palmeiras
“O futebol é mágico. Ano passado, perdemos uma vez na Libertadores e ficamos fora da final. Futebol é isso. Eu não faço julgamentos depois do resultado acontecer, que é a vossa função. Mas, no final, é fácil dizer que jogou bem, jogou mal, que devia ter entrado um, outro. Eu vejo as coisas, elas têm que fazer sentido para mim, depois aceito o resultado que for. É consequência do trabalho”.
“Perguntaram para o Guardiola o que iam fazer na final, e ele disse que ia fazer a mesma coisa. Futebol é mágico. Eu gosto, a galera quer fazer do futebol uma ciência, e não é uma ciência exata. Futebol tem vida própria, tem momentos que são aleatórios. Hoje, ficou favorável a nós porque houve uma expulsão. Isso não está no meu plano de jogo. Olha, atenção, hoje vamos jogar com um a mais, fiquem tranquilos. Não há nada, nem ninguém ,que nos impeça de dar o nosso melhor. Depois, aceitamos o resultado. Se perder, siga. Eu tenho muita sorte, como digo”.
Trio ofensivo com Rony, Dudu e Artur
“O Rony, claramente, é um centroavante de atacar profundidade. Ele estica a equipe. Quando jogamos contra adversários que fecham, que tem pegada, para criarmos o espaço entre as linhas, temos que ter esses jogadores que corram para espaçar. Ou para receber a bola mais longa, ou jogando entre linhas, sem receber a bola, abrindo o adversário para meter a bola no Veiga, para depois assistir os pontas. O Artur é semelhante ao Dudu, desequilibram. Corre com e sem bola para a área. Por isso faz mais gols”.
“Uma das características dele é essa, quando a bola estar do lado contrário, aparecer como segundo centroavante. É o que pedimos para o Dudu também. Para além de ter essas virtudes ofensivas, tem o caráter de reconhecer o compromisso coletivo, ajudar o lateral a defender, que o ajuda a atacar. O Dudu vocês conhecem. Queremos que ele traduza seus dribles em gols e cruzamentos. Está muito melhor no compromisso defensivo”.
Encontro com Amancio, ídolo do Penafiel
“Passados trinta anos, consegui conhecer ele pessoalmente. Eu era gandula, passa-pelota. E eu não conseguia, ficava atrás do gol. Ele era centroavante, paraguaio, baixinho… Como ia fazer gols? Começou a fazer gols e virou ídolo da minha cidade, Penafiel. Foi um prazer tirar foto com ele, com as filhas, as netas. Pela primeira vez tive essa oportunidade. Todos os meus amigos de Penafiel me ligaram falando dessa foto com o Amancio. Foi um prazer ver. Lembro que ele chegou, como faríamos gol com esse tamanho de atacante? (risos). Depois, virou ídolo”.
LEIA MAIS > Racismo na Espanha preocupa entorno de Endrick, do Palmeiras; Entenda!
PARTICIPE E SIGA O PALMEIRAS ONLINE NOS CANAIS E REDES SOCIAIS
+ Canal do Palmeiras Online no WHATSAPP
+ Siga no Facebook
+ Instagram
+ Twitter
+ Inscreva-se no Youtube
+ Podcast
+ Canal do Telegram
