João Doria, governador do estado de São Paulo, flexibilizou a quarentena na capital. Comércio, shoppings e alguns outros segmentos vão abrir as portas sob regimento de alguns protocolos, como distanciamento, higiene reforçada e horários reduzidos. O futebol, mais precisamente o Campeonato Paulista, não tem data confirmada para a retomada.
Mas mesmo diante da indefinição sobre a volta, a Federação Paulista de Futebol confirmou alguns detalhes sobre o processo. Moisés Cohen, diretor médico da entidade, deu entrevista ao jornal Estado de S.Paulo e detalhou um pouco mais o plano da retomada.
“Estamos amadurecendo o plano original, com uma ideia bem mais delineada. Já decidimos, por exemplo, qual será o teste de entrada. Escolhemos aquele que foi patenteado pelo Hospital Albert Einstein, com material de coleta bem mais barato. Enquanto o PCR faz numa mesma bancada de 20 a 25 testes, este será capaz de fazer de 1.000 a 1.500 ao mesmo tempo. Pela quantidade, fica mais barato,” disse Cohen.
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Segundo Cohen, quem estiver fora das quatro linhas terá que usar máscara. Jogadores titulares também podem usar, mas é optativo.
“Orientamos o uso de máscara o tempo inteiro, a não ser para quem estiver jogando. Mas o jogador em campo também poderá usar se quiser. Pedimos para que todos lavem as mãos com frequência, não compartilhem objetos pessoais, como garrafinhas de água e isotônicos, e evitem aglomeração, até mesmo aquela resenha pós-jogo. No vestiário, vamos tentar manter a distância, dividir os atletas quando possível,” adicionou.
Campeonato Alemão é referência para o Paulista
A Bundesliga voltou na Alemanha. Segundo a imprensa europeia, a retomada foi um sucesso. O médico afirmou que existiu contatos com membros de outros países para entender o planejamento.
“Trocamos informações com colegas de outros países há algum tempo. Vamos repetir os acertos e evitar os erros. Mas a cultura é diferente. Não dá para simplesmente fazer igual. Mas é um modelo a ser seguido, sim, principalmente sobre como entrar e sair de campo, um time por vez. Maior cuidado na sala do doping e também com os reservas, sentados a um metro e meio no início das arquibancadas, e com máscaras,” finalizou.
