Dois anos do título que antecedeu a era Abel Ferreira no Palmeiras

No dia 8 de agosto de 2020 o Palmeiras erguia a taça do Campeonato Paulista mais uma vez, após 12 anos sem vencer o estadual, novamente com Vanderlei Luxemburgo, um dos técnicos mais vencedores do torneio.

Para entender o contexto, o Palmeiras havia contratado Vanderlei Luxemburgo para tentar reviver os tempos dourados, após uma temporada desastrosa em 2019, que foi ladeira a baixo após a queda de desempenho do time com Felipão e o trabalho mal feito de Mano Menezes. A proposta da diretoria com Luxa era mudar a filosofia da equipe, acabar com os contratos de jogadores na zona de conforto que não corriam pelo time e usar mais da base multicampeã.

Fila para pedir desculpas para o Vanderlei Luxemburgo pic.twitter.com/m8di8hFHVp
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Assim fez o técnico veterano, utilizando de uma boa rodagem de elenco e com apoio de jóias da base como Patrick de Paula e Gabriel Menino. Entretanto, o calendário do futebol foi brutalmente demolido com a Pandemia. Após o meio de 2020, o futebol brasileiro voltou com diversas readaptações.

Florida Cup, torneio de verão, não presta.

Paulista, estadual esvaziado pela pandemia, bosta.

Libertadores, final com nível técnico baixo e só pegou baba.

Resumindo: nada que conquistamos é digno de aplausos dos rivais. Mas, sozinhos, se mordem. pic.twitter.com/nCsiDiouiQ
— Palmeiras Online (@palmeirasonline) February 1, 2021

O Verdão chegou a final contra o Corinthians com a missão de vingar o roubo de 2018 e lavar a alma. Muita tensão para o Palmeiras, afinal já eram quase dois anos desde o último título alviverde (Brasileirão, 2018). Jogadores como Matias Viña e Luiz Adriano foram decisivos e o Palmeiras até os últimos minutos do último jogo estava saindo como campeão, até a falha do herói Gustavo Gòmez.

O zagueiro cometeu pênalti e permitiu que o rival provocasse a disputa de pênaltis. A angústia tomou conta novamente, de todos que estavam em suas casas, na quarentena, e só parou quando Patrick de Paula, carregando todo o peso do mundo em suas costas, converteu o pênalti decisivo e consagrou o Verdão campeão.

O título foi um prefácio, uma introdução da gloriosa era de Abel Ferreira, já que Luxemburgo não conseguiu implantar um sistema de jogo que convencesse, não conseguiu se segurar no resultadismo e foi demitido para Abel assumir. O resto, é história e é o presente.

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