Clubes entram em acordo e reduzem salários de profissionais

A crise implantada pelo novo coronavírus está trazendo algumas consequências importantes para a economia. No futebol não seria diferente. Corinthians, São Paulo e Palmeiras entraram em acordo com o sindicato dos clubes de São Paulo e as entidades sindicais de funcionários e de profissionais de educação física nesta quarta-feira.

O acordo prevê a anulação de demissões por conta da crise. Em contrapartida, os clubes poderão cortar os salários em até 25%, respeitando o limite do salário mínimo (R$ 1.045).

Clubes poderão antecipar direitos

Para diminuir um pouco os efeitos, os clubes também poderão antecipar férias coletivas, férias individuais e zerar o banco de horas. Os funcionários que não podem parar para fazer isolamento social terão horários diferenciados. O objetivo é evitar qualquer tipo de aglomeração e assim conter os avanços da Covid-19.

“O acordo levou em conta, principalmente, a queda das receitas nos clubes em decorrência do isolamento social imposto pela pandemia do Covid-19, tendo como objetivo preservar os empregos nas agremiações”, explicou o presidente do Sindi Clube, Paulo Movizzo.

Salários dos jogadores profissionais serão revistos

As decisões relatadas acima não envolvem os atletas profissionais de futebol. O Palmeiras negocia uma forma de diminuir os impactos. Os salários de março serão pagos integralmente no dia 5 de abril. Os vencimentos de abril, entretanto, ainda são um grande ponto de interrogação.

A diretoria busca diminuição de 50% dos vencimentos dos jogadores. Uma reunião deve acontecer em breve para que a melhor decisão seja tomada.

José Roberto Lamacchia, dono da Crefisa e atual patrocinadora do Verdão, disse em entrevista ao jornalista Paulo Vinícius Coelho que tudo ainda é uma grande incógnita. “Ninguém sabe o que vai acontecer”, admitiu.