Entendam esse cenário. Abel Ferreira chegou no final de 2020 após demissão do técnico Vanderlei Luxemburgo. Chegou sem qualquer prestígio por parte da imprensa e com enorme desconfiança de nossa própria torcida. Aos poucos foi trabalhando, conquistando resultados e conseguiu convencer ao Palmeiras sobre sua capacidade.

Disse que não atravessou o Atlântico para brincar e ressaltou o trabalho forte ao lado da comissão técnica, jogadores e funcionários. Desde sua primeira entrada na Academia, Abel respeitou a todos, desde o jardineiro até o presidente. Todos tem a mesma importância para os portugueses no Palmeiras.

Logo ganhou sua primeira Libertadores da América. Foi Campeão da Copa do Brasil com sobras. Ganhou o segundo título continental. Levantou a taça da Recopa Sul-Americana e foi Campeão Paulista ao enfiar 4 a 0 no São Paulo no Allianz Parque na decisão. Foi sorte? Claro que não.

Abel Ferreira e seus colegas de trabalho trouxeram nova filosofia ao Brasil. A filosofia do estudo e do trabalho pesado. Do trabalho consciente com pessoas, com dicas profissionais dentro e fora dos gramados. Avisou aos garotos sobre o excesso de Tik Tok, sobre o excesso de exposição e sugeriu que guardassem dinheiro, já que a carreira de jogador é curta.

Prestou-se a trabalhar no futebol brasileiro mesmo contra todos da sua família. Ninguém queria, de fato, que ele viesse. O Brasil é um hospício. Jogo de três em três dias, árbitros nada profissionais, não se pode expor opinião nem nada parecido. Ainda assim optou por defender o Maior Campeão do Brasil e tornou-se um dos maiores treinadores de um dos maiores clubes do mundo.

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Abel foi alvo de xenofobia, sim

Depois de levar 4 a 2 do Palmeiras no Allianz Parque, o técnico Jorginho, do Atlético-GO, esbravejou em sua coletiva e praticou a xenofobia de forma escancarada, sem escrúpulos.

“Não é à toa que ele e toda a comissão são expulsos constantemente. Bater palma para árbitro, querer sacanear ele. Me revolta como treinador, brasileiro, vem no nosso país e está desrespeitando o nosso país. Chamou de cego e nada aconteceu. Perdeu é o choro do perdedor, mas quero deixar meu protesto,” disse.

Desrespeitando nosso país? Abel apenas cobrou o que era justo no momento. Lembrando que nesse mesmo jogo, o meia Gustavo Scarpa foi derrubado após puxão dentro da área e o árbitro não deu pênalti. O VAR revisou e, incrivelmente, também não assinalou a penalidade. E o Abel que é chato?

Aliás, quais títulos Jorginho tem na carreira de treinador? Fica bem claro e identificado o ciúme e a inveja pelo trabalho da comissão técnica palmeirense. Abel comanda o Palmeiras, Maior do Brasil, e já conquistou série de títulos que poucos treinadores conseguiram. Infelizmente, no nosso país, quem trabalha sério e colhe resultados é insultado e ofendido. Certo mesmo está quem pula de time em time à cada dois meses e não deixa nenhum rastro de sucesso.